14/07/2011

Armadilha de chulé combate mosquito da malária

Com informações da BBC
Armadilha de chulé combate mosquito da malária
Uma "armadilha de chulé" atrai quatro vezes mais mosquitos do que um ser humano de corpo inteiro.
[Imagem: Steven Lilley/Wikimedia]

Chulé artificial

Um jovem pesquisador da Tanzânia desenvolveu uma armadilha de "chulé" artificial, que atrai quatro vezes mais o mosquito causador da malária do que outros meios de combate tradicionais.

O estudo foi liderado por Fredros Okumu, chefe de pesquisa do Instituto de Saúde de Ifakara, na Tanzânia.

Uma "armadilha de chulé" atrai quatro vezes mais mosquitos do que um ser humano de corpo inteiro.

Armadilha de chulé

Para não depender de que as pessoas precisem "cultivar" o chulé em seus próprios pés, a equipe desenvolveu um odor artificial, que imita o cheiro do chulé presente em meias e que é colocado dentro de uma armadilha.

O odor pode atrair mosquitos em um raio de 110 m de distância.

Uma vez atraídos, os mosquitos podem ser presos por uma armadilha simples e deixados para morrer, ou morrer pela aplicação de outros venenos.

Nesta quarta-feira, a Fundação Bill e Melinda Gates, dos Estados Unidos, e a Grand Challenge Canada concederam um prêmio de US$ 775 mil (cerca de R$ 1,2 milhão) à equipe de Okumu, para que deem continuidade aos estudos.

Atração para os mosquitos

O experimento de Okumu foi baseado nos resultados da pesquisa do holandês Bart Knols, que há mais de uma década concluiu que o odor dos pés é um atrativo para as moscas.

A inovação promovida na Tanzânia, no entanto, é o cheiro artificial, mais eficiente, e o uso da armadilha com o inseticida.

"Nós sabíamos que, se você estiver vestindo uma meia, atrai o mosquito para o seu pé. Não por causa do material da meia, mas por causa do odor do pé, que adere ao tecido", disse.

Mortes por malária

A pesquisa de Okumu, que durou dois anos, pretende amenizar um problema crônico na África e em outras regiões tropicais do mundo: o alto índice de mortes por malária.

A cada ano, 220 milhões de pessoas contraem a doença, transmitida por mosquitos, e cerca de 800 mil pessoas morrem, segundo a ONU. A grande maioria das vítimas são pobres e crianças.

Okumu faz um apelo para que os investimentos no combate à malária não sejam interrompidos.

Segundo ele, se o financiamento continuar no atual patamar pelos próximos dez anos, é possível que o mundo fique mais próximo da erradicação da malária.

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