05/11/2008

Consumo de cafeína durante a gravidez reduz peso do bebê

Redação do Diário da Saúde
Consumo de cafeína durante a gravidez reduz peso do bebê

[Imagem: BMJ]

Consumo de cafeína durante a gravidez

O consumo de cafeína em qualquer momento durante a gravidez está associado com um aumento no risco de restrição do crescimento fetal - baixo peso do bebê ao nascer - de acordo com uma pesquisa que acaba de ser publicada no British Medical Journal.

Embora alguns estudos anteriores já tivessem demonstrado isto, esta pesquisa mostra ainda que a ingestão de qualquer quantidade e de qualquer tipo de cafeína - chá, refrigerantes cola, chocolate, cacau e alguns medicamentos, assim como do café - está ligada a um crescimento fetal menor.

A pesquisa

Foram analisadas 2.645 grávidas de baixo risco, com idades médias de 30 anos, entre Setembro de 2003 e Junho de 2006, entre 8 e 12 semanas de gravidez.

A equipe do Dr. Justin Konje usou uma técnica chamada CAT (Caffeine Assessment Tool) para registrar a ingestão de cafeína em todas as possíveis fontes alimentares nas quatro semanas anteriores à concepção e durante toda a gravidez. Eles também utilizaram testes de amostras da saliva para calcular o metabolismo individual da cafeína.

Fontes de cafeína

Os pesquisadores relatam que a média de ingestão de cafeína durante a gravidez foi de 159 mg por dia, muito abaixo do limite de 300 mg/dia recomendado pelas autoridades de saúde da Inglaterra, onde foi feita a pesquisa.

De forma esperada em se tratando da Inglaterra, 62% do uso da cafeína veio do chá. Outras fontes foram o café (14%), refrigerantes cola (12%), chocolate (8%) e bebidas leves (2%).

Influência da cafeína sobre o peso do bebê

A maioria dos bebês nasceu no tempo normal, com um peso médio ao nasceu de 3.450 gramas, enquanto 4% nasceram prematuramente, 0,3% foram natimortos e 0,7% foram perdidos em abortos. No geral, os resultados confirmaram que todas eram gravidezes de baixo risco.

Entretanto, os autores encontraram uma relação "dose-resposta", mostrando que o aumento na ingestão de cafeína esteve associada com um aumento no risco da restrição no crescimento fetal.

Em comparação com as mulheres grávidas que consumiram menos do que 100 mg/dia de cafeína (equivalente a menos do que um copo de café por dia), o risco estimado de se ter um bebê com baixo peso ao nascer aumentou em 20% para ingestões entre 100 e 199 mg/dia, em 50% para aquelas que ingeriram entre 200 e 299 mg/dia e em 40% para a ingestão de mais de 300 mg/dia de cafeína.

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