06/10/2014

Contra a fobia social, psicoterapia, e não antidepressivo

Redação do Diário da Saúde
Contra a fobia social, psicoterapia, e não medicação
Vários estudos tentam descobrir por que os antidepressivos não funcionam.
[Imagem: Ag.Fapesp]

A psicoterapia - e não a medicação - é o melhor tratamento para o Transtorno de Ansiedade Social.

A conclusão é de um grande estudo liderado por Evan Mayo-Wilson, da Universidade Johns Hopkins (EUA).

Outros estudos já haviam concluído que antidepressivos sem terapia não têm efeito.

Embora os antidepressivos sejam o tratamento mais usado para o transtorno de ansiedade social, ou fobia social, a equipe do Dr. Evan afirma que a terapia cognitivo-comportamental (TCC) é mais eficaz.

E, ao contrário da medicação, a terapia pode ter efeitos de longa duração após o término do tratamento, enquanto os antidepressivos podem apresentar problemas de dependência.

Fobia social

O Transtorno de Ansiedade Social é uma condição psiquiátrica ou psicológica caracterizada por medo intenso e fuga de situações sociais. Dados dos EUA e da Europa indicam que a condição afeta até 13% da população.

Segundo os pesquisadores, a maioria das pessoas não procura tratamento para a fobia social.

Para aqueles que o fazem, a medicação é o tratamento mais acessível porque existe uma escassez de psicoterapeutas treinados.

Mas este é o caminho errado, diz o Dr. Evan.

"A ansiedade social é mais do que apenas a timidez," explica ele. "A boa notícia do nosso estudo é que a ansiedade social é tratável. Agora que sabemos o que funciona melhor, é preciso melhorar o acesso à psicoterapia para aqueles que estão sofrendo."

Terapia cognitivo-comportamental

Os pesquisadores compararam vários tipos diferentes de terapia e concluíram que a TCC individual (terapia cognitivo-comportamental) é a mais eficaz.

A TCC é uma forma de tratamento que se concentra na relação entre pensamentos, sentimentos e comportamentos. Ela ajuda as pessoas a desafiar medos irracionais e superar a sua evitação de situações sociais, disse o Dr. Evan.

Embora reconheçam os efeitos dos antidepressivos mais utilizados - inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRSs) - os pesquisadores alertam que a medicação pode ser associada com eventos adversos graves, que podem não ter qualquer efeito para muitas pessoas e que as melhorias nos sintomas não perduram depois que os pacientes param de tomar os comprimidos.

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