06/02/2018

Coração em um chip mais próximo da fabricação industrial

Redação do Diário da Saúde
Coração em um chip mais próximo da fabricação industrial
A estrutura do biochip (esquerda) e as células cardíacas em seu interior (direita).
[Imagem: Disease Biophysics Group/Harvard University]

Coração integrado

Testar o efeito de novos medicamentos para o coração está para se tornar mais rápido e seguro, dependendo menos de experimentos com "análogos" do coração humano - experimentos feitos em animais de laboratório.

Tudo graças a um "coração em um chip", que pode ser usado para testar a reação do tecido cardíaco humano a estímulos externos, como candidatos a medicamentos.

Esses "órgãos em um chip" representam uma tecnologia emergente que promete eliminar os inconvenientes dos experimentos em animais - nem tudo que funciona nos animais funciona nos seres humanos.

Contudo, para que se tornem uma ferramenta prática para o desenvolvimento de medicamentos e para a pesquisa biomédica, esses biochips precisam ser fabricados em larga escala, de forma automatizada e com o mesmo padrão, e não como são fabricados hoje, quase manualmente pelos pesquisadores.

Uma equipe da Universidade de Harvard (EUA) acaba de dar um grande passo nesse sentido.

"Nosso novo método de fabricação do coração em um chip usa um laser ultravioleta para criar padrões no hidrogel, empregando riboflavina para sensibilizar o gel por ablação óptica. Esse método de padronização permite que as células cardíacas se alinhem em estruturas de tecido laminar organizadas, como no coração real. O método de micromodelagem por ultravioleta cria estruturas no gel muito mais rapidamente, mas com a mesma resolução e reprodutibilidade que as técnicas de moldagem tradicionais," disse a Dra Lisa Scudder.

"Além de ser escalável, nosso novo processo proporciona uma grande uniformidade, não altera as propriedades do hidrogel e é até 60% mais rápido do que o processo antigo. É outro passo para a produção em massa de órgãos em um chip, o que é essencial para que as grandes empresas farmacêuticas os aceitem e utilizem," disse Janna Nawroth, membro da equipe.

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