10/02/2012

Nova técnica dissolve coágulos produzidos por derrame

Redação do Diário da Saúde

Menos invasiva

Neurologistas desenvolveram uma técnica capaz de dissolver coágulos sanguíneos no cérebro de forma minimamente invasiva.

Hoje, a remoção desses coágulos, produzidos sobretudo durante derrames, exige uma cirurgia com exposição do cérebro, chamada craniotomia, com risco de danificar outras áreas sensíveis.

A nova técnica minimamente invasiva elevou em até 15% a quantidade de pacientes que reconquistam a autonomia depois do tratamento.

"A última forma de acidente vascular cerebral ainda não tratável pode agora ter um tratamento," afirmou o Dr. Daniel Hanley, da Universidade Johns Hopkins (EUA), um dos membros da equipe que desenvolveu a técnica.

Sem craniotomia

O tratamento significa que o paciente poderá ter menos sequelas, ou mesmo nenhuma, reconquistando os movimentos e a fala, por exemplo.

A técnica consiste basicamente em permitir que os coágulos, produzidos por hemorragia intracerebral, dissolvam-se por si próprios.

Em vez de retirar a cobertura óssea do cérebro para a craniotomia, os médicos furam um pequeno buraco no crânio, próximo à formação do coágulo.

A seguir, um catéter é inserido no cérebro, guiado por um exame de tomografia computadorizada, levando a droga t-PA até o coágulo, que contrai a uma taxa de até 20% ao dia.

Segundo Hanley, os pacientes que já passaram pela técnica minimamente invasiva não tiveram os efeitos colaterais comumente associados com a craniotomia.

Hemorragia intracerebral

A hemorragia intracerebral é uma perda de sangue no cérebro que produz um coágulo.

Esse coágulo aumenta a pressão e causa a liberação de químicos inflamatórios que causam danos irreversíveis ao cérebro, podendo levar à morte (50% dos casos) ou à incapacitação física extrema.

Apenas cerca de 15% dos pacientes que sofrem derrame têm uma hemorragia intracerebral.

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