05/04/2010

Envelhecimento facial é mais profundo do que uma pele flácida

Redação do Diário da Saúde
Envelhecimento facial é mais profundo do que uma pele flácida
Estudo indica que o envelhecimento induz alterações significativas nos ossos da face - sobretudo do osso do maxilar - contribuindo para mudar a aparência conforme os anos passam.
[Imagem: Univ.Rochester]

Mudanças nos ossos da face

Cirurgias plásticas, tratamentos antirrugas e outros procedimentos têm sido cada vez mais procurados por pessoas que querem afastar os sinais de envelhecimento.

Mas novas pesquisas sugerem que é preciso mais do que esticar porções de pele flácida para restaurar uma aparência jovial.

Um estudo realizado por médicos da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, indica que o envelhecimento induz alterações significativas nos ossos da face - sobretudo do osso do maxilar - contribuindo para a mudar a aparência conforme os anos passam.

Rejuvenescimento facial em duas etapas

Apresentado nesta semana na reunião anual da Associação Americana de Cirurgiões Plásticos, em San Antonio, no Texas, o estudo sugere que as estratégias futuras para o rejuvenescimento facial terão que ser feitas em duas etapas - primeiro restaurando a estrutura dos tecidos abaixo da pele e somente depois executando os procedimentos usuais de esticamento da pele.

Os médicos mediram alterações que ocorreram ao longo do tempo nos ossos da face analisando uma coleção de 120 imagens de tomografia computadorizada feitas por motivos não relacionados a cirurgias plásticas.

As tomografias foram divididas igualmente por sexo e idade, sendo 20 homens e 20 mulheres em cada uma de três faixas etárias: jovens (idades de 20 a 36 anos), maduros (41 a 64) e idosos (65 e mais velhos).

Mandíbula

Os pesquisadores usaram um programa de computador para medir o comprimento, a largura e o ângulo do osso móvel na base do crânio, a mandíbula, e compararam os resultados de cada grupo.

Pesquisas anteriores haviam-se baseado em imagens de raios X e sugeriram que o osso da mandíbula aumenta com a idade. A utilização da tomografia computadorizada permitiu uma reconstrução tridimensional da face, melhorando a precisão das medições.

O ângulo da mandíbula aumenta acentuadamente com a idade, o que resulta em uma perda de definição da parte inferior da face. O comprimento da mandíbula diminui significativamente na comparação entre os grupos de jovens e de meia-idade.

Já entre o grupo de meia-idade e o grupo idoso, o que se destaca é a diminuição da altura do queixo.

Cirurgia facial

"A mandíbula é a fundação inferior da face, e mudanças nela afetam a estética facial," afirma o Dr. Howard N. Langstein, que participou da pesquisa. "Estas medições indicam um declínio significativo do volume da mandíbula à medida que uma pessoa envelhece, e, portanto, menos apoio para o tecido mole da parte inferior do rosto e do pescoço."

"O futuro dos procedimentos cosméticos faciais para restaurar uma aparência mais jovem poderá incluir técnicas de suspensão desses tecidos moles - como o queixo e implantes nas bochechas - para reconstruir a estrutura que o tempo desgastou, além de elevar e de reduzir o excesso de pele," concluem os cirurgiões plásticos.

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