19/08/2014

Fiocruz capacita equipe para atender casos de ebola

Com informações da Agência Brasil

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está capacitando cerca de 50 profissionais, de faxineiros a médicos da instituição, para atender e tratar pacientes infectados pelo vírus ebola que eventualmente entrarem no Brasil.

A epidemia já afetou quatro países africanos e matou mais de 1,2 mil pessoas desde março deste ano.

O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), na capital fluminense, que faz parte da Fiocruz e é responsável pelo treinamento, foi indicado como referência para receber casos suspeitos de infecção pelo vírus ebola.

Duas salas do INI já estão prontas para isolamento de paciente com suspeita de contaminação.

A Fiocruz reiterou que nenhum caso foi identificado no país, mas o presidente da instituição, Paulo Gadelha, explicou que a fundação quer ser referência para o acolhimento de pessoas com ebola e também para o diagnóstico da doença.

"As possibilidades de termos casos de ebola no Brasil são muito remotas, mas virtualmente existem e o país não pode ficar despreparado", comentou. "Na medida em que houver esse tipo de atenção, toda a unidade hospitalar precisa saber quais são as repercussões, os fluxos, rotina e prioridades. O mesmo ocorre na área laboratorial, para que os exames sejam realizados em ambiente de segurança", contou.

Epidemia de ebola

A epidemia de ebola já causou 1.229 mortes, 84 das quais entre 14 e 16 de agosto, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Apesar da mobilização internacional, os números apontam para uma forte progressão da doença. No mesmo período em que aconteceram as 84 mortes, 113 novos casos foram registrados, incluindo confirmados, prováveis e suspeitos.

Desde o início da epidemia, em março, a OMS contabilizou 2.240 casos, dos quais 1.229 resultaram em morte.

A Libéria é o país mais afetado nos últimos dias, com 53 das mortes ocorridas entre 14 e 16 de agosto. Ao todo, o país já teve 466 mortes e 834 casos registrados.

A OMS decretou estado de emergência de saúde pública mundial contra a epidemia de febre hemorrágica, recomendou medidas de exceção nos países afetados e autorizou o uso de um medicamento experimental nos pacientes.

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