06/11/2008

Fiocruz vai produzir coquetel contra a AIDS para crianças

Gianne Carvalho
Fiocruz vai produzir coquetel contra a AIDS para crianças
Linha de produção de medicamentos no Instituto de Tecnologia em Fármacos da Fiocruz
[Imagem: Fiocruz]

Coquetel anti-Aids para crianças

Hoje, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) da Fiocruz produz e fornece ao Ministério da Saúde o chamado coquetel anti-Aids apenas na dosagem para adultos.

Agora, a Fiocruz acaba de protocolar na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o pedido de registro de um comprimido de Lamivudina + Zidovudina (30mg+60mg) - um medicamento anti-retroviral contendo os princípios ativos em dose infantil, adequada ao tratamento de crianças portadoras do HIV.

Dosagem pediátrica

A nova combinação pediátrica facilitará o tratamento de crianças portadoras do vírus da Aids, já que atualmente elas recebem os comprimidos para adultos partidos e divididos, o que pode ocasionar variação de dosagem, má absorção pelo organismo e conseqüente prejuízo na adesão ao tratamento.

No mundo, as formulações pediátricas para tratamento da Aids são raras e fornecidas na forma de suspensão ou solução (formas líquidas). Além da dificuldade no transporte, os produtos líquidos têm maior propensão a apresentar problemas de estabilidade. Por isto, na maioria dos casos, o medicamento é administrado de forma fracionada.

Medicamento anti-Aids nacional

O desenvolvimento da combinação pediátrica Lamivudina + Zidovudina em comprimidos teve início em outubro de 2007 e foi totalmente realizado na Farmanguinhos. O medicamento foi aprovado nos testes de estabilidade e se mostrou compatível com a formulação original.

A previsão é de que a Farmanguinhos passe a produzir o anti-retroviral infantil no primeiro trimestre de 2009, quando deverão ocorrer as primeiras encomendas. Não há previsão de economia com a produção nacional do Lamivudina + Zidovudina já que o país ainda não fornece este tipo de medicamento infantil para o combate à Aids. Atualmente, 7 mil crianças portadoras do vírus, com até 13 anos, utilizam o medicamento no país.

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