30/07/2012

Hepatites: vacina e cuidados podem evitar a doença silenciosa

Redação do Diário da Saúde

Mal do fígado

Cerca de 60% dos pacientes com problemas no fígado são portadores de hepatite, informa levantamento realizado pela Secretaria da Saúde de São Paulo.

A doença é a maior responsável pela cirrose hepática e, por consequência, pelos transplantes de fígado.

Cerca de 40% dos procedimentos ocorrem em pessoas contaminadas pelo vírus do tipo C. Já a hepatite B é responsável por 8% das cirurgias.

Doença silenciosa

A hepatite é uma doença silenciosa e que demora a apresentar sintomas, pois o período de incubação do vírus pode variar entre 10 e 30 anos.

Os danos causados pela inflamação nas células do fígado são irreversíveis e comprometem as funções vitais do órgão, como a produção de proteínas do sangue e a refinação dos alimentos absorvidos pelo intestino.

"A insuficiência hepática decorrente da cirrose leva o doente a necessitar de um transplante para sobreviver. Além disso, as chances do paciente apresentar câncer também são maiores", ressalta Carlos Baía, médico coordenador do serviço de hepatologia do Hospital de Transplantes.

A hepatite é uma doença viral, dividida em cinco tipos: A, B, C, D, E - cada uma é causada por um tipo diferente de vírus.

"As chances de o indivíduo ter contato com este 'agente' são 100 vezes maiores do que com o vírus da Aids, por exemplo. Por isto é fundamental fazer o teste por meio de um exame de sangue. O médico da família pode, e deve, solicitá-lo periodicamente", destaca Baía.

Vacina contra hepatite

A vacina para a hepatite B está disponível gratuitamente na rede pública de saúde.

Os alvos da vacinação contra a hepatite B são os recém-nascidos logo nas primeiras 12 horas, com mais duas doses no segundo e no sexto mês de vida.

A indicação da vacina também compreende doses para crianças (entre 1 e 12 anos), adolescentes (entre 13 e 19 anos) e adultos jovens com até 29 anos de idade. São necessárias três doses para ficar imune à doença.

A vacina também é destinada aos profissionais de saúde, como trabalhadores que manuseiam objetos cortantes e perfurantes como manicures, tatuadores, podólogos, entre outros grupos com maior risco de contágio. Estima-se que mais de 300 milhões de pessoas no mundo sejam portadoras da hepatite B.

Com os medicamentos disponíveis no SUS (Sistema Único de Saúde) a doença pode ser curada, principalmente se for diagnosticada no início.

Recomendações para evitar hepatites

Veja algumas recomendações para evitar o contato com os vírus das hepatites:

Utilize preservativo nas relações sexuais
Em 70% dos casos, a hepatite B é transmitida em relações sexuais. O contágio pode ocorrer em uma única relação sem proteção.

Não compartilhe objetos cortantes
Na visita a manicure recomenda-se levar seu próprio kit com alicates e outros instrumentos. Também tenha a sua própria lâmina de barbear e só utilize agulhas ou seringas que sejam descartáveis. Colocação de piercings e tatuagens são procedimentos arriscados, quando não realizados com os devidos cuidados de esterilização.

Fique atento a higiene de utensílios e alimentos
A hepatite A é transmitida por ingestão do vírus. Assim, alimentos e até mesmo água comercializados nas ruas ou em ambientes precários, sem que haja condições básicas de higiene, podem servir de vetores para o vírus.

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