21/05/2013

Ministério da Saúde: não há consenso sobre mastectomia para prevenção do câncer

Com informações da Agência Brasil

O Ministério da Saúde alerta que ainda não há consenso científico sobre a eficácia da cirurgia de retirada das mamas (mastectomia) como forma de prevenção do câncer.

O assunto ganhou destaque depois que a atriz norte-americana Angelina Jolie anunciou que se submeteu à cirurgia após ter feito um sequenciamento genético que identificou um "defeito" no gene BRCA1.

Assim como a mãe, que morreu de câncer aos 56 anos, a atriz tem uma mutação nesse gene que aumenta o risco de desenvolvimento de câncer de mama e de ovário.

Segundo a atriz, a mastectomia diminuiu em 85% as chances de ela ter um câncer de mama no futuro.

Especialistas criticaram os cálculos apresentados, segundo eles, baseados em estudos com pequeno número de pacientes, em famílias em que quase todas as mulheres tiveram câncer de mama.

Para que a doença seja considerada hereditária, não basta ter somente um caso registrado na família, como explica Maria Del Pilar Estevez Diz, coordenadora da Oncologia Clínica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP).

"É preciso ter uma história familiar forte, de múltiplos cânceres, e, além disso, identificar a mutação que é responsável por esse câncer hereditário," explicou a médica. De acordo com o Ministério da Saúde, a hereditariedade responde por cerca de 10% do total de casos.

Nos casos de mulheres com histórico de câncer de mama na família, o Ministério da Saúde recomenda que elas façam acompanhamento médico a partir dos 35 anos para que o profissional avalie, junto com a paciente, os exames e procedimentos mais indicados.

Para as demais mulheres, a recomendação do Instituto Nacional do Câncer é que mulheres entre 53 e 69 anos de idade realizem a mamografia a cada dois anos.

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