20/10/2008

Mulheres subestimam suas habilidades e homens superestimam as suas

Cindy Fox Aisen

Baixa autoconfiança das mulheres

Apesar de terem o mesmo desempenho que seus colegas homens na sala de aula e na clínica, estudantes femininas de medicina relatam consistentemente uma menor autoconfiança e uma maior ansiedade, particularmente em questões relacionadas à sua competência.

Um novo estudo, publicado no último exemplar do jornal Patient Education and Counseling, descobriu que as estudantes de medicina também parecem menos confiantes aos olhos dos pacientes.

Objetivamente iguais ou melhores, subjetivamente inferiores

"Nós observamos estudantes do terceiro ano de Medicina interagindo com indivíduos simulando pacientes e aplicamos aos estudantes uma bateria de testes para medir a sensibilidade não-verbal. As estudantes se declararam menos autoconfiantes e também foram consideradas menos confiantes pelos avaliadores. Embora o teste objetivo de desempenho seja igual ou maior do que o de seus colegas homens, há alguma coisa na forma como as estudantes foram observadas e experimentaram sua conversa com os pacientes que as tornaram menos confiantes," diz o o coordenador da pesquisa Dr. Richard M. Frankel.

Capacidade de admitir deficiências

Observando as estudantes e descobrindo que elas realmente parecem menos confiantes em sua interação com os pacientes do que seus colegas homens respondeu à importante questão de se as mulheres são simplesmente mais abertas do que os homens para admitir sua ansiedade e estresse ou se elas realmente têm menos confiança em suas habilidades.

Diferenças entre sexos no desempenho acadêmico

Uma pesquisa feita na literatura pelos autores, que acompanha o seu relatório observacional e a sua análise, mostra que, embora não haja diferença consistente de gênero no desempenho acadêmico, as estudantes tendem a subestimar suas capacidades, enquanto os estudantes tendem a superestimar as suas.

A revisão da literatura também revelou que, ao final do curso de Medicina, estudantes homens atingiram uma maior identificação com o papel de médico do que estudantes mulheres com a mesma experiência. De forma muito interessante, apenas as mulheres relataram pensar sobre a confiança no seu conhecimento quando se pediu a elas que avaliassem sua identificação com o papel de médico.

Em um próximo estudo, o grupo de pesquisadores espera observar como a confiança dos médicos em suas habilidades muda ao longo do tempo, desde a saída da escola de Medicina, passando pela residência médica e até a sua prática médica.

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