11/03/2011

Nanodiamantes vencem câncer resistente à quimioterapia

Redação do Diário da Saúde
Diamantes minúsculos vencem câncer resistente à quimioterapia
Diamantes podem ser a próxima arma dos médicos contra os cânceres altamente invasivos, que resistem à quimioterapia.
[Imagem: Science/AAAS]

Nanodiamantes

Cientistas estão testando nanodiamantes - diamantes pouco maiores do que uma célula humana - para combater os tipos mais agressivos de câncer, aqueles que já se espalharam pelo corpo.

A resistência às drogas usadas na quimioterapia responde por mais de 90 por cento dos fracassos dos tratamentos de câncer com metástase.

O Dr. Dean Ho, da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, acredita que as minúsculas partículas de carbono cristalino, chamadas de nanodiamantes, podem oferecer uma solução efetiva para levar os medicamentos até o ponto onde o câncer deve ser atacado.

Como são quimicamente inertes, os cientistas afirmam que os nanodiamantes não afetam o organismo de forma indesejável depois de terem carregado os medicamentos até o tumor.

Joia dos tratamentos

Em estudos realizados em modelos de câncer do fígado e câncer de mama, Ho e sua equipe multidisciplinar de cientistas, engenheiros e médicos descobriram que uma quantidade normalmente letal de um medicamento de quimioterapia, quando associada aos nanodiamantes, reduz significativamente o tamanho dos tumores.

As taxas de sobrevivência dos animais de laboratório aumentaram e não foi observado nenhum efeito tóxico sobre os tecidos e os órgãos.

"São benefícios críticos. Optamos por estudar os cânceres quimio-resistentes porque eles continuam sendo uma das maiores barreiras ao tratamento do câncer e ao aumento da sobrevida do paciente," diz o pesquisador.

Nanodiamantes

Nanodiamantes são cristais à base de carbono que medem de 2 a 8 nanômetros de diâmetro.

Cada faceta do nanodiamante possui grupos funcionais que permitem a anexação de um amplo espectro de compostos, incluindo os agentes quimioterápicos.

Os pesquisadores ligaram a droga quimioterápica doxorrubicina aos nanodiamantes. A ligação é reversível, para que os pequenos cristais liberem a droga quando chegam ao tumor.

Nos cânceres de fígado e mama, as drogas conseguem entrar nos tumores, mas são expulsas de volta por causa de uma resposta inata desses órgãos, que não aceitam esses medicamentos.

Imunidade

Os pesquisadores também descobriram que os complexos nanodiamantes-medicamentos não tiveram nenhum efeito negativo sobre a contagem de glóbulos brancos.

Isto é especialmente importante no tratamento do câncer: se a contagem de glóbulos brancos do sangue cai abaixo de certo nível, o tratamento é interrompido devido ao risco de complicações graves.

Siga o Diário da Saúde no Google News

Ver mais notícias sobre os temas:

Nanotecnologia

Câncer

Quimioterapia

Ver todos os temas >>   

A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos.
Copyright 2006-2024 www.diariodasaude.com.br. Todos os direitos reservados para os respectivos detentores das marcas. Reprodução proibida.