10/10/2011

Nanopartículas de produtos amazônicos dão brilho aos cabelos

Redação do Diário da Saúde
Nanopartículas de produtos amazônicos dão brilho aos cabelos
Microfotografias dos cabelos de cabelo antes (em cima) e após (embaixo) o tratamento com as nanopartículas de óleos amazônicos.
[Imagem: Unicamp]

Óleo de castanhas

Químicos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) descobriram que nanopartículas criadas com produtos amazônicos têm excelentes efeitos para o tratamento de cabelos.

As nanopartículas são compostas por uma mistura balanceada de triglicerídios (óleos) das castanhas de murumuru e de babaçu.

O pesquisador Marcos Roberto Rossan testou sua nanotecnologia em um produto já existente no mercado - o Activeshine Amazon.

Mas as partículas empregadas no estudo poderão ser usadas também em outros produtos, já que o processo desenvolvido por Marcos Roberto permite o uso de equipamentos convencionais e é de aplicação simples, o que viabiliza seu uso industrial.

Cosmético com nanotecnologia

A ideia do pesquisador era desenvolver um cosmético inovador, sobretudo utilizando óleos, gorduras e ceras brasileiras de origem amazônica.

Além disso, o novo cosmético incorpora as tecnologias de micro e nanopartículas para a intensificação do brilho e tratamento dos fios do cabelo.

Como as matérias-primas já são comerciais, o produto deve ter um preço competitivo no mercado. "E terá um valor agregado porque possui uma tecnologia que permite gastar baixa energia", destaca o pesquisador.

Ele desenvolveu o novo produto com a ajuda da nanotecnologia, criando ainda uma linha para encapsulação de corantes naturais, com o objetivo de atingir o mercado de tinturas.

Brilho do cabelo

Um dos diferenciais das partículas que foram preparadas pelo pesquisador é que elas são revestidas de forma a ter uma carga elétrica superficial positiva, proporcionando uma maior aderência aos fios de cabelo.

Como os cabelos têm uma carga contrária (carga negativa), o produto fica melhor fixado. O produto está passando agora por testes de eficácia.

Segundo Marcos Roberto, a proposta é fornecer ao cabelo um alto brilho, um dos itens mais cobiçados pelo consumidor.

Em geral, usa-se o silicone para isto, um material de origem sintética. A intenção é oferecer um aditivo cosmético natural de fonte vegetal.

Nanopartículas

O processo cria as nanopartículas com dimensões de 20 a 200 nanômetros, o que é milhares de vezes menor do que a espessura de um único fio de cabelo.

Elas são geradas a partir dos óleos de murumuru e babaçu por um processo de aspersão em baixa temperatura, o que congela as gotículas, que são coletadas como um pó seco muito fino.

A elevação posterior da temperatura não destrói as nanopartículas, que permanecem isoladas e na forma de pó.

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