23/11/2012

Paciente cego volta a ler com implante na retina

Redação do Diário da Saúde
Paciente cego lê letras estimuladas diretamente na retina
O implante visual usa uma malha de 60 eletrodos ligados à retina, disparando os impulsos diretamente nas células nervosas.
[Imagem: Second Sight]

Atualização - 18/02/2022

Atenção: A empresa responsável pela fabricação e implantação do dispositivo coberto por esta reportagem está sendo acusada de retirar o implante do mercado e deixar os pacientes sem peças de reposição para consertar seus olhos biônicos Argus II.

A reportagem não foi alterada: Use suas informações com prudência.


Neuroprótese

Um novo tipo de prótese neural foi usada para apresentar códigos Braille diretamente na retina de um paciente com perda total da visão.

A neuroprótese está permitindo que os pacientes leiam palavras de até quatro letras com rapidez e precisão.

O teste já foi realizado em 50 pacientes, de diversas condições, muitos dos quais agora já conseguem ver objetos, movimento e até cores.

Os resultados promissores deste estudo, com base nos dados de um paciente específico, foram publicados na revista Frontiers in Neuroprosthetics.

Prótese ocular

A prótese ocular, chamada Argus II, usa uma pequena câmera montada sobre óculos, um processador portátil para traduzir os sinais da câmera em estimulação elétrica, e o implante propriamente dito, que é colocado diretamente na retina.

O implante é voltado para pacientes com retinite pigmentosa de origem genética.

Paciente cego lê letras estimuladas diretamente na retina
O aparelho está em fase de avaliação, antes de poder ser comercializado.
[Imagem: Second Sight]

"Em vez de sentir o código braille na ponta dos seus dedos, o paciente pode ver os padrões que nós projetamos e então ler as letras individuais em menos de um segundo, com até 89% de precisão," disse o Dr. Thomas Lauritzen.

Similar ao conceito usado nos implantes auditivos, o implante visual usa uma malha de 60 eletrodos ligados à retina, disparando os impulsos diretamente nas células nervosas.

Melhoria da tecnologia

"Este estudo é uma prova de conceito que ressalta a importância de experimentos clínicos envolvendo os novos implantes neuroprotéticos, para melhorar a tecnologia e gerar novas soluções adaptáveis," comentou Silvestro Micera, revisor científico do teste.

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