27/07/2015

Quanto custa trazer paz a um paciente terminal?

Redação do Diário da Saúde
Quanto custa trazer paz a um paciente terminal?
"Nós desenvolvemos este projeto para tentar trazer paz aos dias finais de pacientes criticamente doentes e para facilitar o processo de luto," explica Deborah Cook.
[Imagem: FHS/McMaster University]

Custo da paz

É cada vez maior a preocupação com os tratamentos paliativos, dando dignidade e bem-estar ao paciente depois que se esgotaram todos os recursos terapêuticos.

Contudo, técnicas de acompanhamento holístico frequentemente esbarram nos argumentos de custos.

Mas a Dra. Deborah Cook, da Universidade de McMaster (EUA), demonstrou que custa muito pouco honrar os últimos desejos dos pacientes, o que os ajuda a manter o significado de suas vidas, suas memórias e a passar em paz pelo processo de morrer.

Dignificar a morte e celebrar a vida

O projeto, que continua funcionando, envolve um pesquisador ou médico do paciente usar de toda a sensibilidade para identificar três desejos do paciente terminal ou da família para honrar aquele que se prepara para partir.

"Nós desenvolvemos este projeto para tentar trazer paz aos dias finais de pacientes criticamente doentes e para facilitar o processo de luto," explica Deborah.

"Para os pacientes nós queremos dignificar suas mortes e celebrar suas vidas; para os membros da família, queremos humanizar a experiência de morrer e criar memórias positivas; e, para os médicos, queremos fomentar a assistência ao paciente e cuidados centrados na família," esclarece ela.

Últimos desejos

Os desejos mais relatados pelos pacientes e suas famílias envolvem cinco áreas:

  • humanizar o ambiente, trazendo coisas como flores favoritas e objetos queridos;
  • prestar tributos pessoais, na forma de uma comemoração ou do plantio de uma árvore em homenagem ao paciente;
  • reconexões familiares, localizando e trazendo um parente sem contato há muito tempo;
  • rituais, como preces ou renovação de votos matrimoniais;
  • viabilizar a realização de doações por parte do paciente, na forma de recursos para instituições de caridade ou doação de órgãos.

A equipe conseguiu viabilizar 97,5% dos desejos dos pacientes e das famílias, a um custo que variou de zero a US$ 200 por paciente.

Que família não se disporia a pagar tão pouco para satisfazer o último desejo de um ente querido?

Siga o Diário da Saúde no Google News

Ver mais notícias sobre os temas:

Espiritualidade

Atendimento Médico-Hospitalar

Sentimentos

Ver todos os temas >>   

A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos.
Copyright 2006-2024 www.diariodasaude.com.br. Todos os direitos reservados para os respectivos detentores das marcas. Reprodução proibida.