20/03/2015

Quer viver mais? Passe menos tempo sozinho

Redação do Diário da Saúde
Quer viver mais? Passe menos tempo sozinho
"Não apenas estamos no mais alto índice de viver sozinho já registrado em todo o século, mas estamos com os mais altos índices já registrados no planeta."
[Imagem: BYU]

Riscos da solidão

Pergunte às pessoas o que é preciso para viver uma vida longa, e elas vão citar coisas como fazer exercícios físicos, tomar ômega-3 e consultar o médico regularmente.

Mas a solidão e o isolamento social, dificilmente lembrados, são uma ameaça tão grande à longevidade quanto condições bem mais combatidas.

"O efeito [da solidão] é comparável à obesidade, algo que a saúde pública leva muito a sério," disse Julianne Holt-Lunstad, da Universidade Brigham Young (EUA). "Precisamos começar a levar nossas relações sociais mais a sério."

Solidão e isolamento social podem assumir aspectos muito diferentes. Por exemplo, alguém pode ser cercado por muitas pessoas, mas ainda se sentir sozinha. Outras pessoas podem isolar-se porque preferem ficar sozinhas.

Contudo, o efeito sobre a longevidade é o mesmo para os dois cenários - quanto mais sozinho, por opção ou a contragosto, menor é a expectativa de vida.

Isto confirma estudos anteriores, que concluíram que a solidão produz efeitos similares ao envelhecimento.

Solidão entre jovens

Outra grande surpresa do estudo é que a associação entre a solidão e o risco de mortalidade foi maior entre as pessoas mais jovens do que entre as pessoas mais velhas.

Embora as pessoas mais velhas sejam mais propensas a se sentir solitárias e, naturalmente, enfrentar um maior risco de mortalidade, a solidão e o isolamento social preveem melhor a morte prematura entre as populações com menos de 65 anos.

Os dois pesquisadores analisaram dados de uma variedade de estudos de saúde. Ao todo, a amostra incluiu mais de 3 milhões de participantes, com dados sobre a solidão, o isolamento social e pessoas que vivem sozinhas.

"Não apenas estamos no mais alto índice de viver sozinho já registrado em um século, mas estamos com os mais altos índices já registrados no planeta," acrescentou Tim Smith, coautor do estudo. "Com a solidão em ascensão, estamos prevendo uma possível epidemia de solidão no futuro."

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