18/04/2016

Robôs e avatares ajudam a tratar distúrbios sociais

Redação do Diário da Saúde
Robôs e avatares ajudam a tratar distúrbios sociais
O projeto Alterego está criando sistemas complexos de interação humana-máquina para uso em programas de reabilitação de pacientes com fobia social.
[Imagem: Alterego Project/Divulgação]

Teoria da Similaridade

Robôs humanoides e avatares - personagens virtuais gerados por computador - são eficazes no auxílio à reabilitação de pessoas que sofrem de distúrbios sociais, como a fobia social ou a esquizofrenia.

O efeito parece dar suporte à "Teoria da Similaridade", que sugere que é mais fácil interagir socialmente com alguém que se parece, se comporta ou se move como nós - mas que não ofereça o mesmo nível de "ameaça" percebido pelos pacientes.

Para demonstrar isto, pesquisadores da França e do Reino Unido desenvolveram um sistema para permitir que um robô ou avatar digital interaja com um paciente enquanto este joga uma versão do jogo dos espelhos, no qual dois jogadores tentam copiar o movimento um do outro enquanto manipulam bolas coloridas que podem se mover horizontalmente em uma linha.

Inicialmente, o avatar funciona como um alter ego, criado para se parecer e se mover como o paciente para aumentar seus sentimentos de apego. Ao longo do tempo, o avatar é lentamente alterado para se tornar menos semelhante ao paciente, ajudando assim com a reabilitação social ao lidar com um ente mais parecido com a diversidade que ele encontrará no mundo real.

Alter ego, ou alterego, (outro eu) é um conceito freudiano que especifica coisas que estão no ego da pessoa, mas que podem ser transferidas para uma outra, que passa a funcionar como se fosse um "espelho". Frequentemente ele é descrito como a "consciência moral" interna da pessoa, que dita as regras de comportamento como se fosse um juiz interno.

Reabilitação de distúrbios sociais

Os resultados mostraram que os pacientes compartilham características de movimento - uma "assinatura motora" -, melhorando sua interação e coordenação.

Isso pode ser usado para a reabilitação de pacientes com distúrbios sociais graves, usando um avatar que aja como um alter ego, programado para se parecer e se mover como o paciente, melhorando suas ligações sentimentais.

Os pesquisadores agora querem usar essa tecnologia para estabelecer múltiplas interações homem-máquina para a reabilitação social e criar grupos de pessoas e avatares que interajam uns com os outros para realizar tarefas conjuntas.

"É muito desafiador construir um avatar que seja inteligente o suficiente para sincronizar o movimento com um jogador humano, mas os nossos resultados iniciais são muito entusiasmantes," disse Mario di Bernardo, da Universidade de Bristol (Reino Unido).

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