06/06/2017

Sensores detectam biomarcadores de doenças no hálito

Redação do Diário da Saúde
Sensores detectam biomarcadores de doenças no hálito
Sensores de filmes finos porosos, feitos de plásticos condutores orgânicos, dão origem a sensores descartáveis portáteis para monitoramento médico e ambiental.
[Imagem: L. Brian Stauffer]

Sensor de doenças

Um quadrado pequeno e fino, feito de um plástico orgânico especial, mostrou-se capaz de detectar indícios de doenças no hálito de uma pessoa ou toxinas no ar de um edifício.

Pesquisadores da Universidade de Illinois (EUA) criaram esse material fazendo pequenos poros no plástico orgânico, o que o tornou sensível o suficiente para detectar moléculas em níveis muito baixos para serem detectados pelo olfato humano, mas ainda assim suficientes para causar danos à saúde.

Em um dos testes, um sensor construído com o material foi capaz de monitorar a presença de amônia na respiração, um sinal de insuficiência renal.

"No ambiente clínico, os médicos usam instrumentos volumosos, basicamente do tamanho de uma grande mesa, para detectar e analisar esses compostos. Queremos dar aos pacientes um sensor barato para que eles possam usá-lo e jogá-lo fora," disse a professora Ying Diao, coordenadora da equipe que desenvolveu o sensor.

Impressão digital química

Outros pesquisadores veem tentando usar semicondutores orgânicos para detectar gases, mas os materiais não têm-se mostrado sensíveis o suficiente para captar vestígios de biomarcadores de doenças na respiração. O grupo de Diao percebeu que isso acontece porque os locais reativos dos sensores não estão na superfície do filme plástico, mas bem fundo em seu interior, onde os gases exalados não chegam.

"Desenvolvemos esse método para imprimir diretamente poros minúsculos no próprio dispositivo para que possamos expor esses sites altamente reativos," disse Diao. "Ao fazer isso, aumentamos a reatividade em 10 vezes e podemos detectar até uma parte por bilhão".

O grupo está trabalhando agora para fabricar sensores com múltiplas funções, para obter uma imagem mais completa da saúde do paciente.

"Nós queremos detectar vários compostos ao mesmo tempo, como uma impressão digital química," disse Diao. "É útil porque, em condições de doença, vários marcadores geralmente mudam de concentração de uma só vez. Mapeando as impressões digitais químicas e como elas mudam podemos apontar com mais precisão potenciais sinais de problemas na saúde."

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