03/02/2016

Sensores monitoram o cérebro e depois derretem

Redação do Diário da Saúde
Sensores monitoram o cérebro e depois derretem
Os sensores reabsorvíveis são menores do que um grão de arroz. Os resultados em animais foram promissores e agora a equipe se prepara para os primeiros testes em humanos.
[Imagem: Julie McMahon]

Sensores para o cérebro

Um novo tipo de sensor eletrônico ultrafino é capaz de monitorar o cérebro e então simplesmente "derreter" quando não for mais necessário, dispensando cirurgias para sua retirada.

Esses sensores podem monitorar, por exemplo, a temperatura e a pressão no interior do crânio. Estes são parâmetros de saúde cruciais após uma lesão cerebral ou uma cirurgia, mas hoje os médicos não podem monitorã-los de forma contínua, rápida e não invasiva pela falta de equipamentos adequados.

E eliminar a necessidade de uma cirurgia adicional para remover os monitores que cheguem a ser instalados nos casos mais graves promete reduzir o risco de infecções e hemorragias e acelerar a recuperação dos pacientes.

"Esta é uma nova classe de implantes biomédicos eletrônicos. Esse tipo de sistema tem potencial em toda uma gama de práticas clínicas, com os dispositivos terapêuticos ou de monitoramento sendo implantados ou ingeridos, então executam uma função sofisticada e, em seguida, são reabsorvidos inofensivamente pelo corpo quando sua função já não for mais necessária," disse o professor John Rogers, da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign (EUA).

Testes em humanos

Esses sensores biocompatíveis e reabsorvíveis pelo corpo, menores do que um grão de arroz, são construídos com folhas extremamente finas de silício, que são naturalmente biodegradáveis.

Eles são projetados para funcionar normalmente durante algumas semanas, em seguida dissolvendo-se completamente e de forma inofensiva nos próprios fluidos do corpo.

A tecnologia de monitoramento cerebral atual é volumosa e invasiva, e os fios restringem o movimento do paciente e são uma porta de entrada para infecções, reações alérgicas e hemorragias.

Os pesquisadores afirmam estar se preparando para realizar os primeiros testes em humanos da nova tecnologia, além de estarem construindo sensores com outras funcionalidades úteis para aplicações biomédicas.

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