06/07/2011

Tai Chi supera danos cognitivos da quimioterapia

Christian Basi
Tai Chi supera danos cognitivos da quimioterapia
A ênfase nos movimentos lentos torna o Tai Chi particularmente apropriado para uma ampla gama de níveis de aptidão física.
[Imagem: Jakub Ha?un/Wikimedia]

Danos cognitivos da quimioterapia

Os pacientes que se submetem à quimioterapia não sofrem apenas enjoos e queda de cabelos como efeitos colaterais negativos.

Estudos indicam que um número significativo de pacientes que recebem o tratamento agressivo, mas ainda sem substituto, também experimentam declínio cognitivo, incluindo a diminuição da fluência verbal e da memória.

Agora, uma psicóloga da saúde da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos, encontrou evidências que indicam que o Tai Chi Chuan, uma arte marcial chinesa, pode ajudar a superar alguns desses problemas cognitivos.

Tai Chi Chuan

"Os cientistas sabem há anos que o Tai Chi impacta positivamente a saúde física e emocional, mas esse estudo descobriu indícios de que ele pode ajudar também no funcionamento cognitivo," disse Stephanie Reid-Arndt, autora do estudo.

"Nós sabemos que essa atividade pode ajudar as pessoas com a sua qualidade de vida em geral e, com esse novo estudo, ficamos entusiasmados sobre como o Tai Chi pode também ajudar aqueles que recebem a quimioterapia. Eu também espero que isso incentive mais pessoas a pensar positivamente sobre o Tai Chi em suas vidas em geral," acentua a pesquisadora.

O Tai Chi envolve a prática de movimentos lentos e é baseado em vários princípios, incluindo a plena consciência, ou consciência da mente alerta, a consciência da respiração, o relaxamento ativo e movimentos lentos.

A ênfase nos movimentos lentos torna o Tai Chi particularmente apropriado para uma ampla gama de níveis de aptidão física, o que o torna muito útil para pessoas que foram submetidas a cirurgias e tratamentos agressivos, como a quimioterapia, e pode por isto estar passando por limitações físicas.

Benefícios físicos e cognitivos

O estudo realizado pela pesquisadora acompanhou um grupo de mulheres que haviam passado pela quimioterapia.

Elas participaram de uma aula de 60 minutos de Tai Chi, duas vezes por semana, durante 10 semanas.

As mulheres foram avaliadas quanto à memória, linguagem, atenção, estresse, humor e fadiga, antes e após as sessões de 10 semanas.

Segundo a Dra. Stephanie, os resultados dos testes indicam que as mulheres tiveram melhorias significativas em sua saúde psicológica e em suas habilidades cognitivas.

"O Tai Chi realmente ajuda as pessoas a focar sua atenção, e este estudo também demonstra o quão bom o Tai Chi poderia ser para qualquer pessoa, quer tenham ou não sido submetidas a um tratamento para câncer", disse ela.

"Devido à pequena dimensão deste estudo, nós realmente precisamos testar um grupo maior de indivíduos para obter uma melhor compreensão dos benefícios específicos desta atividade para os pacientes que foram tratados com quimioterapia e quão significativas estas melhorias podem ser," concluiu.

Siga o Diário da Saúde no Google News

Ver mais notícias sobre os temas:

Terapias Alternativas

Atividades Físicas

Quimioterapia

Ver todos os temas >>   

A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos.
Copyright 2006-2024 www.diariodasaude.com.br. Todos os direitos reservados para os respectivos detentores das marcas. Reprodução proibida.