28/12/2015

Vírus ebola é detectado diretamente por biochip

Redação do Diário da Saúde
Vírus ebola é detectado diretamente por biochip
O dispositivo híbrido integra um chip microfluídico para preparação das amostras e um chip optofluídico para a detecção óptica de moléculas individuais de RNA viral.
[Imagem: Joshua Parks]

Detecção de vírus

Pesquisadores estão desenvolvendo um biochip capaz de identificar de forma confiável a presença do vírus ebola, além de outros patógenos virais.

O sistema utiliza uma técnica de detecção óptica direta dos vírus.

A proposta da equipe é que futuras versões possam ser integradas em um instrumento portátil para utilização em situações de campo em que seja necessária a detecção rápida e precisa de infecções por vírus.

Testes em laboratórios, usando amostras contendo o vírus ebola e outros vírus de febre hemorrágica mostraram que o sistema tem a sensibilidade e a especificidade necessárias para proporcionar um ensaio clínico viável.

Reação em cadeia da polimerase

O padrão ouro atual para a detecção do vírus ebola depende de um método chamado reação em cadeia da polimerase (PCR) para amplificar o material genético do vírus para que ele possa ser detectado. Como o PCR funciona com base em moléculas de DNA e o ebola é um vírus de RNA, a enzima transcriptase reversa é usada para fazer cópias do DNA a partir do RNA viral antes da amplificação por PCR.

"Comparado com o nosso sistema, a detecção por PCR é mais complexa e exige uma aparelhagem de laboratório," disse o professor Holger Schmidt, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz (EUA). "Nós estamos detectando diretamente os ácidos nucleicos, e atingimos um limite de detecção comparável à PCR e excelente especificidade."

Testes com diferentes concentrações do vírus ebola mostraram uma quantificação exata do vírus em mais de seis ordens de grandeza.

Biossegurança

O professor Schmidt esclarece que sua equipe ainda não conseguiu fazer o sistema funcionar a partir de amostras de sangue em bruto, exigindo etapas prévias de preparação das amostras.

Além disso, eles precisam dotar o biochip dos aparatos necessários para obter um nível de biossegurança 4, exigido para lidar com patógenos altamente transmissíveis, como o ebola.

"Estamos agora construindo um protótipo para que possamos começar com uma amostra de sangue e fazer uma análise completa," disse Schmidt. "Também estamos trabalhando para usar o mesmo sistema para detectar patógenos menos perigosos e fazer a análise completa aqui na universidade." - os testes até agora foram feitos em um laboratório do governo com elevado nível de segurança.

Siga o Diário da Saúde no Google News

Ver mais notícias sobre os temas:

Biochips

Exames

Vírus

Ver todos os temas >>   

A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos.
Copyright 2006-2024 www.diariodasaude.com.br. Todos os direitos reservados para os respectivos detentores das marcas. Reprodução proibida.