17/06/2013 Aparelhos de viva-voz não diminuem risco de falar ao celular no carroRedação do Diário da Saúde
David Strayer usou tecnologia empregada na aviação para monitorar o nível de distração mental dos motoristas que usam o viva-voz enquanto dirigem.[Imagem: David Strayer/University of Utah]
Contrariamente ao que muitas pessoas acreditam - ou praticam - o uso de dispositivos viva-voz para falar ou enviar mensagens pelo celular enquanto se dirige um carro é igualmente perigoso. A conclusão foi obtida depois de um estudo que envolveu câmeras e equipamentos similares aos usados para monitorar pilotos de avião. "Nossa pesquisa mostra que os aparelhos que deixam as mãos livres não são isentos de riscos," diz David Strayer. Strayer, que é professor de psicologia da Universidade de Utah (EUA), fez o estudo inédito a pedido da fundação AAA (American Automobile Association). "Essas novas tecnologias viva-voz no carro podem sobrecarregar a atenção do condutor e prejudicar a sua capacidade de dirigir com segurança," afirma Strayer. "Uma consequência não intencional de tentar tornar a condução mais segura - passar do celular para os dispositivos viva-voz - é uma sobrecarga imposta ao motorista, tornando-o menos seguro [de suas ações]." Outros estudos já mostraram que dirigir falando ao celular é tão perigoso quanto dirigir alcoolizado. Piloto desatento Câmeras foram montadas dentro de um carro instrumentalizado para acompanhar o movimento da cabeça e dos olhos dos motoristas. Um dispositivo de detecção de tempo de resposta, conhecido como o DRT (Detection-Response-Task), foi usado para registrar o tempo de reação do motorista em resposta a disparos de luzes vermelhas e verdes adicionadas ao seu campo de visão. As luzes simulavam eventos que surgem repentinamente e que exigem a atenção do motorista, como um pedestre que entra na via ou outro motorista que muda de faixa sem dar seta. Enquanto dirigiam, um capacete dotado de sensores monitorava a atividade cerebral dos participantes para que os pesquisadores pudessem determinar a carga de trabalho mental de cada um. Usando protocolos de pesquisa estabelecidas, emprestados de psicologia da aviação, e uma variedade de métricas de desempenho, os motoristas foram monitorados enquanto se envolviam em tarefas comuns, como ouvir música, ouvir um áudio-livro e, claro, falar ao telefone celular, diretamente ou por aparelhos de viva-voz. Os pesquisadores usaram os resultados para avaliar os níveis de distração mental experimentados pelos motoristas durante a execução de cada uma das tarefas. E os resultados foram conclusivos. "Só porque você pode atualizar o Facebook enquanto dirige não significa que seja seguro fazê-lo," disse o pesquisador. "Não pense que se os seus olhos estão na estrada e as mãos no volante, você está imune aos riscos. Se você não prestar atenção, então você é um potencial perigo na estrada." Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: http://www.diariodasaude.com.br/print.php?article=aparelhos-viva-voz-nao-diminuem-risco-falar-celular-carro A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |