01/09/2016

Brasil desenvolverá próteses ortopédicas sob medida

Com informações da Agência Brasil

Nióbio e titânio

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) de São Paulo está desenvolvendo um projeto para a criação de próteses ortopédicas diferenciadas, com características mais parecidas com ossos humanos.

Os materiais utilizados na prótese são ligas de nióbio-titânio (Nb-Ti) e titânio-nióbio-zircônio (Ti-Nb-Zr).

As próteses serão confeccionadas sob medida, de acordo com cada paciente, por meio de uma técnica conhecida como manufatura aditiva, ou impressão 3D, na qual um laser funde o metal que vai sendo depositado na forma de um pó, camada por camada, dispensando o uso de moldes.

Essa técnica trabalha com diversas combinações de materiais, de acordo com a funcionalidade desejada do componente. A ideia é identificar a combinação que mais se aproxime das características do osso humano.

Próteses sob medida

"As próteses hoje são construídas por um processo convencional que é por usinagem, ou seja, você pega uma peça bruta, vai usinando, tirando material dela até chegar no formato que você quer. Então, o cirurgião, quando vai fazer um procedimento, ele tem uma maleta com parafusos e outras peças para colocar no paciente e nem sempre essas peças se encaixam perfeitamente na pessoa, então têm de ser feitos ajustes às vezes na hora da cirurgia," explicou o pesquisador João Batista Ferreira Neto.

Com a nova técnica, partindo de exames como tomografia ou ressonância magnética do paciente, cria-se em computador um desenho tridimensional da peça exatamente nas dimensões requeridas para se encaixar no corpo do paciente, dispensando qualquer alteração, ou seja, serão próteses feitas sob medida.

Segundo o pesquisador, a liga clássica utilizada para próteses é a titânio-alumínio-vanádio, mas existem alguns estudos dizendo que alumínio e vanádio podem ser prejudiciais à saúde do paciente com o passar do tempo. Ele afirmou que as ligas titânio-nióbio-zircônio são mais biocompatíveis e têm resistência mecânica mais próxima do osso.

Já a manufatura aditiva permite que se produza uma peça com porosidade próxima da porosidade do osso. "Combinamos duas coisas: um material mais biocompatível, que é o nióbio com o titânio, e a manufatura aditiva permite obter essa peça com características mais próximas da resistência mecânica, mais próxima de um osso humano".

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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