08/02/2010

Instituto Nacional de Tecnologia cria colete para deficientes físicos

Redação do Diário da Saúde
Instituto Nacional de Tecnologia cria colete para deficientes físicos
O protótipo inicial do colete foi obtido a partir de modelo tridimensional gerado com auxílio de equipamento de prototipagem rápida, baseado nos dados da tomografia computadorizada da coluna do garoto. [Imagem: INT/Ricardo Fontes/Guilherme Alves/Gil Brito]

Colete para deficientes

Um colete, desenvolvido sob medida por designers da área de Desenho Industrial do Instituto Nacional de Tecnologia (INT) pode melhorar as condições de vida de pessoas com deficiências.

A iniciativa surgiu a partir de demanda da Secretaria Municipal de Educação de Niterói, no Rio de Janeiro, para desenvolver uma tecnologia capaz de sustentar a coluna vertebral de um menino de 11 anos, portador de paralisia cerebral, escoliose acentuada e quase nenhum tônus muscular.

O protótipo inicial do colete foi obtido a partir de modelo tridimensional gerado com auxílio de equipamento de prototipagem rápida, baseado nos dados da tomografia computadorizada da coluna do garoto e agregou o trabalho de estilistas da empresa O Estudio, especializada em design e moda.

Esqueleto externo

A intenção do colete é manter a coluna e o pescoço eretos, permitindo mais segurança, conforto e mobilidade para a pessoa com limitação física.

Fugindo de modelos convencionais, rígidos e sustentados por uma faixa ao redor da cabeça, o modelo do INT é desenvolvido em material leve, flexível e utilizando um boné ou uma gola para sustentar o pescoço.

Atuando como um exoesqueleto, o acessório abraça confortavelmente o corpo, por cima da roupa. A estruturação do tórax permite que o deficiente físico não caia quando sentado, impedindo também que penda excessivamente para o lado mais defeituoso.

Modelo volumétrico

A técnica empregada para a confecção assemelha-se à usada em roupas para mergulhadores. O colete é composto por três camadas: uma tela aramada flexível, e duas camadas de borracha EVA (etileno vinil acetato), uma mais espessa perto do corpo e, na parte externa, uma camada mais fina.

A confecção do protótipo teve como base imagens tridimensionais da coluna do menino, por meio da tomografia, e o tratamento delas em um software específico. As imagens permitiram criar o modelo da estrutura óssea interna e da estrutura externa do tórax e produzir um manequim em tamanho real com o auxílio da máquina de prototipagem rápida. Esse modelo volumétrico serviu para a criação dos moldes finais dos coletes.

Desenvolvido com recursos do INT, a intenção da equipe que elaborou o projeto, é buscar agora o apoio da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis) do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) para aprimorar e difundir para toda a sociedade os resultados deste projeto.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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