20/01/2011

Limite do uso de álcool no Brasil não tem base científica

Redação do Diário da Saúde

Mínimo seguro de álcool

A Escola Nacional de Saúde Pública, da Fiocruz, está fazendo uma pesquisa para tentar descobrir a menor concentração de álcool consumido por um indivíduo capaz de induzir efeitos clínicos e psicocomportamentais importantes.

Em outras palavras, os cientistas querem determinar a dose de álcool cuja ingestão afeta o comportamento das pessoas.

Um dos objetivos do trabalho é orientar a reformulação da lei 11.705/08, que estabelece um limite mínimo de tolerância da concentração de álcool no sangue.

Segundo os pesquisadores da Fiocruz, os limites adotados pela lei "não possuem embasamento científico".

Álcool que afeta o comportamento

Para o estudo, os pesquisadores contam com 400 pessoas, entre homens e mulheres, com Índice de Massa Corporal (IMC) considerado normal e obesos, que foram divididos em duas faixas etárias: entre 20 e 40 anos e entre 40 e 60 anos.

"O álcool utilizado nesta pesquisa é a cerveja, escolhida por ser uma bebida bastante popular e a mais consumida no Brasil. Já começamos a fazer algumas coletas.

"Os participantes ingerem o álcool em condições controladas e nós fazemos coletas de sangue e urina para exames clínicos e também realizamos exames neurocomportamentais e psicotécnicos.

"Assim, vamos poder estabelecer qual é a menor concentração de etanol que leva um indivíduo a ter prejuízo cognitivo, como nos seus reflexos e na sua capacidade motora, por exemplo", explicou Arthur de Mello Prates, responsável pela pesquisa.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

URL:  http://www.diariodasaude.com.br/print.php?article=limite-uso-alcool-brasil-base-cientifica

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