10/07/2009

Metade dos estudantes não bebe mais antes de dirigir

Isabela Vieira - Agência Brasil

Tomando jeito

Os estudantes universitários estão mudando o comportamento no trânsito. Pesquisa divulgada pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot) mostra que, entre 2007 e 2009, subiu de 36% para 50% o percentual de estudantes que, antes de sair de carro para se divertir, não tomam bebidas alcoólicas.

A pesquisa foi realizada em maio deste ano, por meio de questionário, com 1.033 universitários no Rio de Janeiro e em São Paulo. No levantamento, 84% dos estudantes também aprovaram a Lei Seca, instituída há um ano, e disseram que a punição deve ser pesada para quem dirige após beber.

Risco e medo da multa

A maior parte dos universitários (42%) também reconheceu os riscos de se aliar bebida e direção. Outra parte (32%) afirmou que não bebe antes de dirigir porque a multa para esse tipo de infração é pesada e ainda existe a possibilidade de a pessoa ser presa.

"A educação tem um efeito em longo prazo, enquanto a fiscalização tem efeito em curto prazo", explicou o coordenador da pesquisa, o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Sérgio Franco. "O que estamos vendo é um efeito do somatório entre educação e fiscalização", disse ele.

Bebida e carona

O estudo da Sociedade Brasileira de Ortopedia também mostra que, nos últimos dois anos, houve uma pequena redução, de 38% para 34%, do percentual de jovens que andam de carona com motoristas que tenham bebido.

A pesquisa também constatou que as medidas educativas e o aumento da fiscalização têm contribuído de maneira diferente para mudanças de comportamento dos jovens paulistas e cariocas no trânsito.

Os estudantes paulistas reforçam que a educação influencia na decisão de não dirigir após tomar bebidas alcoólicas. Por outro lado, os cariocas deixam de beber antes de dirigir porque temem as punições instituídas há um ano, pela Lei Seca.

Educação versus punição

"Em São Paulo, 52% reconhecem os riscos de beber e dirigir, contra 38%, no Rio. Na educação, o paulista está melhor", disse Franco. "Porém, ao se lembrar da prisão, o carioca respeita mais a lei. Fica 35% para os cariocas que deixam de beber e dirigir por conta da punição, contra 26% dos paulistas."

A maioria dos universitários cariocas também afirmou que não dirige após beber (54%). Entre os paulistas, o percentual foi de 41%. A pesquisa também constatou que é mais comum no Rio, que em São Paulo, o hábito de sair com um amigo que não vai beber para que ele assuma a direção do carro. Entre os cariocas, 19% lembraram que sempre têm um "amigo da vez". Na capital paulista, 10% sempre saem com alguém que não bebe.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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