06/10/2011

Paulistas demoram mais para sair da casa dos pais

Redação do Diário da Saúde

Apoio familiar

Uma primeira diferença que chama a atenção nos moradores de São Paulo, quando eles são divididos por origem, é o chamado "apoio familiar" entre os grupos analisados.

Os pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) chamam de maior apoio familiar o percentual de pessoas com mais de 30 anos de idade que ainda residem na casa dos pais.

E são os próprios paulistas que contam com o apoio familiar por mais tempo.

Teoria fraca

Segundo os pesquisadores, um maior apoio familiar pode proporcionar possibilidades melhores de formação profissional e inserção no mercado de trabalho, porque, sem necessidade de uma renda própria estável, ou com despesas menores, eles podem estudar mais.

Mas os dados não são tão firmes no suporte a essa hipótese.

Os migrantes do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo, Rio de Janeiro e estados do Centro-Oeste, por exemplo, alcançam 27,1% de formação no nível superior completo.

Os nascidos no estado de São Paulo se contentam com 24,3% de formação superior, mesmo saindo mais tarde da casa dos pais do que os outros.

O nível de escolaridade é mais alto entre os estrangeiros, alcançando 46% de formação superior.

No outro extremo da tabela estão os baianos que vivem em São Paulo, dos quais 59% não concluíram o ensino fundamental.

Os migrantes vindos do Ceará são os mais independentes, saindo mais cedo de casa.

Uso da internet

Embora se saiba que o nível de escolaridade seja importante para a inserção no mercado de trabalho, os dados também indicaram níveis semelhantes de desemprego: os diferentes grupos de migrantes e os paulistas apresentaram valores próximos da média da região metropolitana, 6,9%.

Uma exceção são os estrangeiros e os mineiros, que apresentaram taxas menores, e os pernambucanos, com taxa maior, de aproximadamente 8%.

Já no uso da internet a escala começa com os estrangeiros, com o maior tempo de uso, seguidos pelos paulistas e por todos os outros grupos de migrantes. Os migrantes de origem nordestina ficam muito aquém dos demais.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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