28/07/2017

SUS oferecerá novo tratamento contra hepatite C

Com informações da Agência Brasil

Só paga se curar

O Ministério da Saúde anunciou a disponibilização de um novo tratamento para pessoas diagnosticadas com hepatite C.

Independentemente do estágio de comprometimento no fígado, os pacientes terão acesso gradativo a medicamentos que apresentam 90% de cura da doença. Atualmente, o país tem 135 mil pessoas diagnosticadas com a doença.

O novo protocolo está vinculado à mudança na modalidade de compra de medicamentos. A partir de agora, o Ministério vai condicionar os pagamentos para a indústria farmacêutica à comprovação da cura do paciente.

O modelo novo deve reduzir os custos no tratamento de U$ 6,9 mil para U$ 3 mil, o que possibilitará a inclusão de até três vezes mais pessoas do que as atendidas atualmente no Sistema Único de Saúde (SUS).

O ministério anunciou ainda a incorporação de mais medicamentos, a combinação 3D (Ombitasvir, Paritaprevir, Ritonavir e Desabuvir). As novas inclusões oferecem maiores possibilidades para o tratamento. Esses fármacos também possibilitam a cura superior a 90%, segundo o ministério.

Hepatites

A hepatite C é subdivida conforme o estágio da doença em níveis, de F0 a F4. Após essas etapas, a doença pode evoluir para cirrose, câncer de fígado e levar à necessidade de transplante do órgão. Para que evitar a evolução da doença, que inicialmente não apresenta sintomas, o ministério estima aplicar 12 milhões de testes em todo país.

"Queremos alcançar as 135 mil pessoas que estão contaminadas em qualquer nível de hepatite. Nesse ano, após os 12 milhões de testes de hepatite C, vamos procurar identificar mais pessoas que precisam do tratamento. Há muitas pessoas com hepatite que não sabem. A testagem é fundamental," ressaltou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

A meta do ministério é zerar a fila de pacientes graves que aguardam o tratamento para a hepatite C. Atualmente, 2.800 pessoas esperam para ser tratadas. Até o momento, são medicados os pacientes em grau avançado da doença (F3 e F4). A pasta espera incluir os demais pacientes em até dois anos no tratamento.

Segundo Barros, a medida prevê o tratamento dos casos em estágio inicial da doença para que não haja a propagação do vírus, principalmente quando o paciente ainda não tem sintomas. "É uma política nova, de erradicação da hepatite C no país", disse.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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