08/02/2016

Tom de voz transmite mais emoção que a fala

Redação do Diário da Saúde

Sentir e falar

Leva apenas um décimo de segundo para que nossos cérebros comecem a reconhecer emoções incorporadas no tom de voz de quem nos fala.

E não importa se os sons não-verbais são grunhidos de raiva, um riso de felicidade ou um grito de tristeza.

Mas leva muito mais tempo para reconhecer a mesma emoção se ela for simplesmente descrita na forma de palavras.

Emoção no tom de voz e emoção em palavras

Os experimentos revelaram que prestamos mais atenção quando uma emoção - como felicidade, tristeza ou raiva - é expressa através das vocalizações do que quando a mesma emoção é expressa em discurso.

Em outras palavras, falar qualquer coisa com um tom de felicidade torna a emoção mais facilmente reconhecível do que simplesmente dizer "Eu estou feliz".

"A identificação das vocalizações emocionais depende de sistemas no cérebro que são mais velhos em termos evolutivos," comenta o professor Marc Pell, da Universidade McGill (Canadá). "Compreender as emoções expressas na linguagem falada, por outro lado, envolve sistemas cerebrais mais recentes, que evoluíram conforme a linguagem humana se desenvolvia."

Atenção na raiva

Curiosamente, sons e falas de raiva geram uma atividade do cérebro que dura mais tempo do que qualquer outra emoção, sugerindo que o cérebro presta uma atenção especial para os sinais de raiva.

"Nossos resultados são consistentes com estudos de primatas não-humanos, que sugerem que as vocalizações que são específicas para uma espécie são tratadas pelo sistema neural de forma preferencial em relação aos outros sons," disse Pell. "As vocalizações parecem ter a vantagem de transmitir significado de uma forma mais imediata do que a fala."

Isto também é condizente com outros experimentos recentes, que mostraram que detectamos nossas emoções pela nossa própria voz.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

URL:  http://www.diariodasaude.com.br/print.php?article=tom-voz-transmite-mais-emocao-fala

A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos.
Copyright 2006-2023 www.diariodasaude.com.br. Cópia para uso pessoal. Reprodução proibida.