12/02/2013

Cientistas identificam caso de vampiro na vida real

Redação do Diário da Saúde

Vampiro de verdade

Cientistas descobriram na Turquia um caso de vampirismo na vida real.

Direnc Sakarya e seus colegas da Universidade de Istanbul relataram o caso inédito na última edição da revista científica Psychotherapy and Psychosomatics.

Uma pesquisa entre psiquiatras sugeriu que o "vampirismo" poderia ser associado com uma 'doença mental', como "transtornos esquizofreniformes", histeria, transtorno psicótico grave, retardo mental grave "agressor sexual".

Apesar disso, nunca se estabeleceu uma ligação entre o vampirismo e condições médicas reconhecidas, como transtorno dissociativo de identidade (TDI), transtorno pós-traumático (TPT), ou possíveis antecedentes traumáticos.

Vampirismo na prática

O artigo científico relata o caso de um homem de 23 anos de idade, casado, terceiro de seis irmãos, com um histórico de "vício" para beber sangue que já dura dois anos.

Ele costumava cortar seus braços, peito e abdômen com lâminas de barbear para coletar o sangue em um copo e bebê-lo.

O interesse inicial em beber seu próprio sangue posteriormente virou-se para o sangue dos outros. Estas "crises" foram caracterizadas por um forte desejo de beber o sangue imediatamente, uma necessidade "tão urgente quanto respirar".

Ele gosta do cheiro e do gosto de sangue, apesar de achar isto um comportamento "insensato". Ele também gosta de sugar ferimentos ou picadas na pele de outras pessoas para saborear sua "iguaria".

O vampiro da vida real já foi preso várias vezes, depois de atacar pessoas para esfaqueá-las ou mordê-las com a intenção de coletar e beber seu sangue.

Ele forçou seu pai a obter sangue em bancos de sangue.

Vida de vampiro

Os cientistas tentaram descobrir as razões do vampirismo realizando um cuidadoso levantamento de sua história familiar e de tratamentos médicos.

No Questionário de Traumas Infantis, ele só apresentou uma pontuação elevada, em abuso emocional. No entanto, é amnésico sobre sua infância entre os 5 e 11 anos de idade.

O vampiro não apresenta problemas afetivos, transtorno do pensamento formal, comportamento desorganizado e nem delírios.

Todos os demais exames - eletroencefalograma, ressonância magnética e inteligência (QI) - deram resultados normais.

Transtorno dissociativo de identidade

Finalmente, usando dois critérios sobre experiências dissociativas, os médicos concluíram um diagnóstico de transtorno dissociativo de identidade (TDI), após uma marcação de 86/100 na escala de experiências dissociativas, ainda que a repetição do exame tenha dado 54/100.

O vampiro da vida real também atendeu aos critérios para ser diagnosticado com Transtorno Depressivo Grave (crônico) e abuso de álcool.

Apesar de seus comportamentos criminosos, ele não preenche os critérios para o diagnóstico de transtorno de personalidade antissocial ou de transtorno esquizofrênico.

Quanto aos sintomas de transtorno de estresse pós-traumático, os cientistas especulam que eles podem ter sido reforçados por sua próprias experiências criminais.

Felizmente, na vida real, quem é mordido pelo vampiro não desenvolve o mesmo transtorno.

Na verdade, os médicos afirmam que o diagnóstico, e o tratamento embasado nesse diagnóstico, foram suficientes para curar o vampiro.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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