26/03/2009

Cientistas produzem o mais natural de todos os cremes para a pele

Redação do Diário da Saúde
Cientistas produzem o mais natural de todos os cremes para a pele
Cientista trabalhando no acelerador de partículas utilizado para caracterizar as moléculas necessárias para a produção do creme que imita o verniz caseoso dos recém-nascidos.
[Imagem: ESRF]

Proteção natural para a pele

Mesmo depois de nove meses no interior do útero, a pele de um recém-nascido é lisa e suave, ao contrário da pele de um adulto que fique mergulhado em uma banheira durante alguns minutos.

Enquanto ainda está em seu ambiente aquoso e quente, o feto desenvolve um revestimento para a pele que possa protegê-lo do mundo frio e infectado por bactérias que ele encontrará ao nascer.

Verniz caseoso

Um creme protetor, chamado verniz caseoso, que recobre o feto e o recém-nascido, ajuda no desenvolvimento da pele antes e depois do nascimento. O verniz caseoso funciona como um elemento à prova d'água no interior do útero, permitindo que a pele cresça em condições aquosas.

Depois do nascimento, esse creme natural para a pele é capaz de hidratar e limpar e até mesmo curar quando aplicado a úlceras.

Agora, os cientistas pela primeira vez conseguiram sintetizar uma versão artificial do verniz caseoso, com a mesma estrutura e propriedades únicas. O trabalho foi feito por Joke Bouwstra e Robert Rißmann, da Universidade de Leiden, na Inglaterra.

Tratamento de doenças da pele

Além de ajudar os bebês prematuros a desenvolveram uma proteção contra a mudança de temperatura, a desidratação e as infecções, o verniz caseoso sintético também poderá beneficiar pessoas que sofrem de doenças da pele.

Tal como a maioria dos cremes para a pele, o verniz caseoso é formado principalmente por água. Suas incríveis propriedades surgem com a adição de apenas 10% de lipídios e células mortas da pele (corneócitos).

Acelerador de descobertas

Para conseguir sintetizar aquele que certamente é o mais natural creme para a pele, os cientistas utilizaram uma ferramenta que parece ter pouco a ver com as preocupações com a beleza - um acelerador de partículas, capaz de efetuar medições por difração de raios X.

Estes equipamentos são geralmente associados a pesquisas no campo da física básica, mas o acelerador de partículas foi essencial para descobrir as proporções exatas dos elementos do creme, mostrando as diferenças nos comprimentos das cadeias moleculares utilizadas.

Os pesquisadores descobriram que as moléculas mais adequadas ao creme podem ser encontradas no óleo de lanolina, um produto já utilizado em tratamentos de pele.

O novo creme para a pele agora passará por testes clínicos para que possa chegar ao mercado.

Siga o Diário da Saúde no Google News

Ver mais notícias sobre os temas:

Cuidados com a Pele

Cuidados com o Recém-nascido

Gravidez

Ver todos os temas >>   

A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos.
Copyright 2006-2024 www.diariodasaude.com.br. Todos os direitos reservados para os respectivos detentores das marcas. Reprodução proibida.