03/10/2007

Fio dental antitártaro é melhor aceito quando fabricado com polipropileno entrelaçado

Agência USP

Fio dental antitártaro

Pesquisa da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP) da USP aponta que o polipropileno entrelaçado é o melhor material para a produção de fios dentais com agente antitártaro, por ser mais resistente e não causar desconforto durante o uso. O estudo, realizado pela aluna Thayla Tessa Scarabel, foi premiado em setembro na 24ª reunião da Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica (SBPqO), na categoria de iniciação científica.

Agente artitártaro

No mercado, o único fio dental comercializado com o agente artitártaro (pirofosfato tetrasódico), é feito com nylon texturizado. "Os pacientes atendidos nas clínicas da FORP reclamam que esse material, além de desfiar, causando desconforto, também se rompe com facilidade", relata Thayla. A pesquisadora selecionou dez pacientes que utilizaram durante duas semanas escova, creme e fios dentais semelhantes e sem contato com o agente antitártaro.

Polipropileno melhor do que nylon

Na primeira semana o fio utilizado era com estrutura de nylon e, na segunda, de polipropileno entrelaçado. Após sete dias, os pacientes retornaram à clínica, onde foi colhido material do sulco gengival. Logo a seguir, foi utilizado o fio dental de nylon com agente antitártaro e novamente colhido material do sulco gengival, após uma, duas e quatro horas. Na segunda semana, foram realizados os mesmos procedimentos, mas com uma novidade, o uso do fio dental de polipropileno com agente antitártaro.

Fio que não desfia

Os resultados mostraram que o fio com polipropileno entralaçado mantém o agente antitártaro na mesma quantidade e pelo mesmo período que o de estrutura de nylon, com o benefício de ser mais resistente ao rompimento e não desfiar. "Os dois fios liberaram a mesma quantidade de agente antitártaro e pelo mesmo período", destaca Thayla. "Com esse resultado, a empresa que fabrica o fio dental se comprometeu em produzir o modelo com pirofosfato tetrassódico feito em polipropileno entrelaçado."

Pirofosfato tetrassódico

O pirofosfato tetrassódico é um tipo de sal que evita a deposição de cálcio, presente na dieta das pessoas, na placa bacteriana presente nos dentes, e que juntos leva ao aparecimento do tártaro. O uso de cremes e fios dentais com o pirofosfato evita a deposição desse cálcio em cima da placa e consequentemente o surgimento do tártaro.

A pesquisa

A pesquisa Influência da Estrutura de Dois Fios Dentais Antitártaro na Liberação de Pirofosfato Tetrassódico: Estudo Clínico, foi orientada pelo professor Vínicius Pedrazzi, da FORP. Participaram ainda do estudo os pós-graduandos Leandro Pereira Corsi e Sandra Sato. A reunião da SBPqO que premiou o trabalho aconteceu em Atibaia (interior de São Paulo), na primeira semana de setembro.

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