24/09/2019

Teste da saliva feito em casa poderá apontar risco de problemas do coração

Redação do Diário da Saúde
Teste da saliva feito em casa poderá apontar risco de problemas do coração
Os pesquisadores estão agora desenvolvendo o dispositivo para a fabricação do primeiro lote de unidades-piloto, com expectativa de atingir o mercado até 2021.
[Imagem: Adam R. Thomas]

Biomarcadores cardíacos

Um aparelho portátil para prever riscos de insuficiência cardíaca usando uma amostra de saliva promete ajudar milhões de potenciais vítimas das doenças cardiovasculares a tomar medidas a tempo de evitar o pior.

Nanossensores montados na ponta de um palito de diagnóstico medem os biomarcadores de doenças cardíacas na saliva, apontando com precisão o risco de doença cardíaca, falha ou ataque cardíaco, avisando os usuários por meio de um aplicativo simples rodando no celular.

Essa tecnologia de detecção, desenvolvida na Universidade RMIT (Austrália), foi validada em laboratório, medindo as concentrações de biomarcadores com uma precisão 1.000 vezes maior do que os níveis nos fluidos corporais humanos.

"Estamos realmente satisfeitos por poder [...] enfrentar um grande desafio global à saúde," disse o pesquisador Leopoldt de Bruin. "Das 400 milhões de pessoas que sofrem de doenças cardiovasculares em todo o mundo, apenas 16% dos casos são devidas a traços genéticos. Isso ressalta quanto espaço há para melhorar na triagem e na prevenção, que é onde esse dispositivo pode ter esse impacto".

Exame preventivo

Esta inovação, viabilizada pela nanotecnologia, representa uma alternativa plausível para o rastreio das doenças cardiovasculares, uma vez que os exames de sangue tradicionais tipicamente são realizados apenas após um episódio de insuficiência cardíaca.

"Esses testes reativos são feitos tarde demais, deixando pessoas com doenças debilitantes ou levando a mortes. Prevenir é sempre melhor do que remediar, que é onde a tecnologia entra, adicionando previsões precisas nesse mix," disse o pesquisador Sharath Sriram, membro da equipe.

Os pesquisadores estão agora desenvolvendo o dispositivo para a fabricação do primeiro lote de unidades-piloto, com expectativa de atingir o mercado até 2021.

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