Julgamento pela aparência
Você julga as pessoas com base na aparência delas? Talvez seja melhor não responder tão rápido.
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Colúmbia (EUA) pediu a dezenas de voluntários que olhassem para pares de rostos, enquanto eram submetidos a exames que faziam imagens de seus cérebros. Depois, os participantes avaliavam o quão confiáveis ou dominantes eram os rostos.
Os cientistas descobriram que uma região do cérebro chamada giro temporal medial essencialmente formava um gráfico bidimensional de características internas e plotava os rostos das pessoas nesse gráfico. Isso ocorreu implicitamente, mesmo em participantes que revelaram que não acreditavam que impressões baseadas na aparência eram precisas.
Outras regiões do cérebro envolvidas no raciocínio social e na tomada consciente de julgamentos sobre a aparência dos outros também contribuíram para o modo como os cérebros rastreavam características internas dos rostos, mas apenas naqueles voluntários que endossavam estereótipos faciais.
Essas descobertas são um avanço em nossa compreensão de como julgamos os outros implícita e explicitamente, apontando para a possível existência de mecanismos que podem dar origem a preconceitos sociais baseados na aparência. No mínimo, este estudo enfatiza a necessidade de repensar o fato de que nossos julgamentos, inconscientes ou não, têm consequências reais nas vidas dos outros em muitas ocasiões.
"A partir de um vislumbre de um rosto, as pessoas formam impressões de traços que funcionam como 'estereótipos faciais', que são em grande parte imprecisos, mas ainda assim orientam o comportamento social," disseram os pesquisadores.
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