14/07/2020

Crianças têm suas próprias categorias do que é real e do que é imaginário

Redação do Diário da Saúde
Crianças têm suas próprias categorias do que é real e do que é imaginário
A maioria das crianças menores argumenta que já encontrou o Papai Noel na vida real, o que nubla sua diferenciação entre o que é um personagem real ou fictício.[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]

Realidade infantil

As crianças pequenas entendem que os dinossauros são (ou eram!) seres reais, e que personagens fictícios como Peter Pan e Bob Esponja não são reais.

Mas figuras culturais, como Papai Noel ou Saci Pererê ocupam um lugar ambíguo no universo mental de uma criança.

Crianças de apenas três anos são capazes de entender a diferença entre "real" e "não real", mas Rohan Kapitány e seus colegas da Universidade Keele (Reino Unido) queriam saber como essas crianças avaliam diferentes tipos de pessoas ou valores não reais em relação uns aos outros, bem como em comparação com pessoas reais.

Para isso, eles pediram a 176 crianças de dois a onze anos que avaliassem quão reais elas consideravam treze figuras diferentes, variando de pessoas reais, como personagens de um conjunto musical, a figuras mais ambíguas, como Papai Noel, fantasmas e dinossauros, assim como personagens fictícios como Bob Esponja Calça Quadrada e Princesa Elsa.

Para comparação, eles também avaliaram 56 adultos, sempre usando uma escala Likert, que vai de zero (nada real) a oito (extremamente real).

Níveis de realidade

Os dados indicam que a maioria das crianças mais novas (até sete anos) conceitua as treze figuras em quatro grupos: Os "mais reais" incluem os dinossauros e os membros de um conjunto musical (com 7 pontos), seguida por figuras culturais, como Papai Noel e a Fada dos Dentes (6 pontos), figuras ambíguas como alienígenas, dragões e fantasmas (4 pontos) e personagens fictícios como Peter Pan, Bob Esponja e Elsa (4 pontos).

Em comparação, os adultos e as crianças mais velhas (mais de sete anos) tendem a agrupar as figuras em três grupos: reais, não reais e ambíguas (fantasmas e alienígenas).

"O que mostramos é que as crianças tendem a ter uma compreensão sutil da realidade, mais do que muitos esperam, e mostramos isso em um 'panteão' de figuras que naturalmente variam em seu grau de 'realidade' e apoio cultural. Argumentamos que os rituais são um sinal particularmente potente para as crianças quando se trata de aceitar coisas como sendo reais, como o Papai Noel," destacou Kapitány.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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