19/05/2008 Pais continuam usando remédios contra tosse em bebês, apesar dos alertasRedação do Diário da SaúdeRemédios contra-indicados para crianças Mais de 40 por cento dos pais continuam administrando medicamentos contra tosse em seus filhos menores de dois anos - apesar de que isso não é recomendado e nem tenha mostrado eficácia para crianças nessa faixa etária. Médicos de uma universidade australiana entrevistaram 325 pais que procuraram atendimento em ambulatórios e serviços de atendimento infantil com seus filhos na faixa de até dois anos de idade. Desconhecimento dos pais A equipe da Dra. Misel Trajanovska fez algumas descobertas preocupantes:
A pesquisa não relata se os pais tinham conhecimento das contra-indicações. Remédios contra gripe e tosse para bebês A Dra. Trajanovska afirmou que o uso de remédios contra gripe e tosse em crianças menores do que dois anos é o que causa maior preocupação. "Há uma grande quantidade de estudos internacionais relatando sérios efeitos colaterais entre bebês e crianças que tomaram medicamentos contra tosse que são contra-indicados," diz ela. Medicamentos não funcionam "Não há evidências de que esses medicamentos sequer sejam efetivos no tratamento contra a tosse. [As autoridades de saúde] recomendam que esses medicamentos não sejam utilizados por crianças menores do que dois anos..." completa ela. Na Austrália, onde o estudo foi feito, a partir de Setembro a venda de medicamentos contra tosse para crianças menores do que dois anos somente poderá ser feita mediante receita médica. Intoxicação e envenenamento "Apesar do uso generalizado de medicamentos contra-indicados para crianças pequenas, elas não estão livres do risco de efeitos colaterais e envenenamento," diz Trajanovska. Segundo ela, 16% das crianças atendidas com sintomas de envenenamento, na faixa até 4 anos de idade, apresentam intoxicação com paracetamol e 11% têm intoxicação causada por remédios contra tosse e gripe. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |