02/12/2021 Por que é moralmente errado comercializar o corpo? Depende de se você é progressista ou conservadorRedação do Diário da Saúde
Quais fatores influenciam a infidelidade?[Imagem: Hermann Traub/Pixabay]
Mercado do corpo Legisladores em todo o mundo estão debatendo como os "mercados corporais" (por exemplo, prostituição, barriga de aluguel comercial ou comércio de rins, plasma sanguíneo, esperma, óvulo e cabelo) devem ser regulamentados. Por exemplo, os legisladores do estado de Nova York (EUA) estão para decidir se descriminalizarão a prostituição, enquanto os legisladores dos Países Baixos estão considerando aumentar as restrições à prostituição. Nas mídias sociais, como se poderia esperar, as opiniões vão aos extremos, na contramão de qualquer esforço em busca de uma solução ponderada para a questão. Tendo isso em vista, pesquisadores das universidades Virgínia Tech e Cornell (EUA) partiram para tentar entender as razões que as pessoas alegam para se opor ou apoiar esses mercados, e como essas argumentações diferem entre pessoas que se intitulam progressistas (ou liberais) e conservadores. Motivações muito diferentes A equipe descobriu que tanto progressistas quanto conservadores consideram os mercados corporais moralmente errados; no entanto, eles o fazem por motivos diferentes. "Mostramos que os progressistas consideram os mercados corporais errados porque podem ser exploradores. Ou seja, os progressistas acreditam que a comercialização nesses mercados pode causar danos a pessoas vulneráveis e aumentar a desigualdade arraigada na sociedade. Eles acham que os mercados corporais podem se tornar outro meio para os compradores ricos explorarem os vendedores pobres, causando a estes danos físicos, psicológicos e econômicos sistemáticos," explicou o pesquisador Shreyans Goenka. "Os conservadores consideram os mercados corporais errados porque violam a santidade do corpo humano. Ou seja, os conservadores acreditam que a comercialização nesses mercados atribui um valor monetário ao corpo humano e o reduz a qualquer outra mercadoria. Eles acreditam que a inerente santidade do corpo humano divinamente criado é diminuída ou corrompida quando ele é comprado ou vendido," acrescentou o professor Stijn Van Osselaer. Quem assina cada petição Segundo a equipe, essas diferentes objeções morais afetam os efeitos das campanhas de persuasão destinadas a influenciar os eleitores. Especificamente, os progressistas mostraram-se mais propensos a assinar uma petição contra a prostituição quando ela destacava as questões da exploração econômica e social. Já os conservadores se mostraram mais propensos a assinar uma petição contra a prostituição quando ela destacava a violação e as preocupações com a santidade. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |