08/08/2008

Uso de produtos de limpeza por grávidas aumenta risco de asma em bebês

Dominique Nunes

Efeitos dos produtos de limpeza sobre as mulheres grávidas

Mulheres que usam uma grande quantidade de produtos de limpeza quando estão grávidas, ou imediatamente antes de darem à luz, estão aumentando o risco de que seus filhos venham a sofrer de asma.

A conclusão é de um estudo chamado ALSPAC, também conhecido como Crianças dos Anos Noventa, que recrutou mais de 13.000 crianças antes de seu nascimento e acompanhou-as até os 16 anos de idade.

Riscos de desenvolver asma

As descobertas indicam que a exposição no início da vida aos produtos químicos contidos nos materiais de limpeza domésticos está ligada a um aumento de 41% nas chances de que a criança venha a desenvolver asma por volta dos 7 anos de idade.

Durante o estudo, um grande número de outros fatores que sabidamente afetam o surgimento da asma, tal como o histórico familiar, foram levados em consideração.

Hipótese da higiene

Desta forma, os resultados apresentam um possível mecanismo para a chamada "hipótese da higiene", que sugere que as crianças sujeitas a uma baixa exposição às bactérias e à poeira em casa nos seus primeiros anos são menos propensas a desenvolver imunidade contra a asma mais tarde na vida.

O Dr. Alexandra Farrow, da Universidade de Brunel, na Inglaterra, explica: "As pesquisas anteriores haviam mostrado que o risco que uma criança tem de desenvolver asma é menor se ele ou ela está exposto a bactérias ou produtos bacterianos (endotoxinas) nos primeiros períodos de sua vida ("hipótese da higiene"), provavelmente porque eles auxiliem no desenvolvimento do sistema imunológico da criança.

Entretanto, nossa pesquisa sugere que um possível mecanismo para essa hipótese pode envolver os produtos químicos encontrados nos produtos de limpeza domésticos. Esses produtos químicos foram diretamente relacionados a um maior risco de asma com uma evidência adicional de estudos com trabalhadores que foram expostos a produtos de limpeza," complementa o pesquisador.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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