29/07/2019

Alguns dos cânceres mais graves têm os menores recursos para pesquisa

Redação do Diário da Saúde
Alguns dos cânceres mais graves recebem os menores financiamentos
Comparação entre os recursos financeiros para pesquisas e a mortalidade de cada tipo de câncer. [Imagem: Northwestern University]

Financiamento desproporcional

Muitos dos tipos de câncer mais letais ou mais comuns recebem a menor quantidade de financiamento para pesquisas, relata uma equipe da Universidade Noroeste dos EUA, em um artigo publicado no Journal of the National Comprehensive Cancer Network.

Cânceres "embaraçosos" ou estigmatizados, como de pulmão e fígado, são subfinanciados - o estigma deriva da associação desses cânceres com o tabagismo e o alcoolismo, respectivamente.

Os cânceres do cólon, do endométrio, do fígado e das vias biliares, do colo do útero, de ovário, pâncreas e pulmão também foram todos mal financiados quando se pondera sua incidência e quantas mortes eles causam.

Em contraste, o câncer de mama, leucemia, linfoma e câncer pediátrico foram todos bem financiados em relação ao seu impacto na sociedade.

"O objetivo deste estudo não é desviar os fundos dos cânceres que são bem apoiados, mas expandir o financiamento para outros tipos de câncer que não estão recebendo apoio suficiente atualmente," disse o Dr. Suneel Kamath. "São todas doenças fatais e que alteram a vida e que merecem a nossa atenção e apoio."

Apoio de ONGs

As organizações sem fins lucrativos que atuam na atenção ao câncer desempenham um papel importante no financiamento da pesquisa médica, apoiando a educação de pacientes e suas famílias e influenciando a política de saúde.

São justamente essas entidades que a equipe ressalta estar voltando mais atenção a alguns cânceres do que a outros.

O subfinanciamento desses cânceres comuns pode impactar negativamente a pesquisa, o desenvolvimento de medicamentos e o número de aprovações de medicamentos pelas autoridades de saúde, diz a equipe.

"Organizações de defesa dos pacientes bem financiadas devem ser aplaudidas por seus sucessos," disse o coautor da pesquisa, Dr. Sheetal Kircher. "Esperamos trazer conscientização para as organizações com menos recursos relativos para que possamos colaborar para melhorar o financiamento e os resultados para todos os pacientes com câncer".

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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