11/11/2020

Alimentos ricos em ômega-3 melhoram recuperação após infarto

Redação do Diário da Saúde
Alimentos ricos em ômega-3 melhoram recuperação de infarto
Pacientes que ingeriam os ácidos graxos e tiveram infarto apresentaram melhor recuperação e menor risco de morte.[Imagem: Iolanda Lázaro et al. - 10.1016/j.jacc.2020.08.073]

Ômega-3 e infarto

O consumo regular de alimentos ricos em ácidos graxos ômega-3, de origem animal e vegetal, fortalece as membranas do coração e ajuda a melhorar o prognóstico em caso de infarto do miocárdio.

Para chegar a essas conclusões, Iolanda Lázaro e seus colegas do Instituto de Pesquisas Médicas (Espanha) utilizaram dados de 950 pacientes internados no Hospital do Mar após terem sofrido um infarto.

Os níveis de ômega-3 no sangue desses pacientes foram medidos quando eles foram internados no hospital para tratamento do ataque cardíaco. Essa medida indica, com muita precisão, a quantidade dessas gorduras boas que os pacientes ingeriram nas semanas anteriores, ou seja, antes do ataque cardíaco.

Os pacientes foram monitorados por três anos após a alta, e os pesquisadores observaram que níveis elevados de ômega-3 no sangue no momento do infarto - consumidos nas semanas anteriores ao ataque cardíaco - desempenharam um papel crucial para salvar a vida ou melhorar a recuperação dos pacientes.

Benefícios dos ácidos graxos ômega-3

O ácido eicosapentaenoico (EPA) é um tipo de ácido graxo ômega-3 encontrado em peixes. Quando comemos esse peixes oleosos regularmente, o EPA é incorporado aos fosfolipídios nas membranas dos cardiomiócitos, protegendo-os de uma ampla variedade de estressores cardíacos.

Este enriquecimento das membranas miocárdicas limita os danos causados em caso de ataque cardíaco.

A grande novidade deste estudo é que os pesquisadores também monitoraram um outro ácido graxo ômega-3, de origem vegetal, conhecido como ácido alfa-linolênico (ALA). Essa gordura, que é encontrada nas nozes, bem como na soja e seus derivados, é muito menos estudada do que os ômega-3 de peixes.

Os pesquisadores observaram que o EPA e o ALA não competem, mas são complementares um ao outro. Enquanto altos níveis de EPA estão associados a um menor risco de readmissão hospitalar por causas cardiovasculares, níveis mais altos de ALA estão associados a um risco reduzido de morrer por decorrência do infarto.

Com isto, os pesquisadores recomendam que as pessoas adotem os dois tipos de ômega-3 na alimentação como prevenção para doenças cardiovasculares.

"Incorporar ômega-3 marinho e vegetal na dieta de pacientes com risco de doença cardiovascular é uma estratégia integrativa para melhorar a qualidade de vida e o prognóstico se eles sofrerem um ataque cardíaco," resumiu o professor Antoni Bayés-Genís.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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