12/07/2021

Amor e Poder: Como poder de decisão determina felicidade dos relacionamentos

Redação do Diário da Saúde
Amor e Poder: Como poder de decisão determina felicidade dos relacionamentos
O poder entre casais pode assumir contornos interessantes como, por exemplo: Sou bonito e inteligente, por que você não me quer?[Imagem: Pixabay]

Equilíbrio de poder no casal

Poder pode ser sua capacidade de influenciar as pessoas ou sua capacidade de resistir às tentativas dos outros de influenciá-lo.

E não pense que isso se resume à esfera da política.

"Isso se parece com um mundo de gato e rato ou o mundo dos negócios. Mas o poder também desempenha um papel nos relacionamentos românticos. A sensação de ser capaz de tomar decisões em um casamento, por exemplo, tem uma grande influência na qualidade do relacionamento," explica o professor Robert Korner, da Universidade Martin-Luther (Alemanha).

Seguindo a tradição da civilização ocidental, estudos científicos têm mostrado que raramente há equilíbrio de forças entre os casais - na maioria das vezes, os homens têm mais influência nas decisões do que as mulheres.

No entanto, os papéis tradicionais de gênero mudaram.

Então, se você quer ter um relacionamento feliz, certifique-se de que ambos sintam que podem decidir sobre questões que são importantes para vocês.

O poder objetivo, medido pela renda, por exemplo, não parece mais desempenhar um grande papel. Em vez disso, o modo como os parceiros percebem a dinâmica do poder em seu relacionamento é mais importante para a felicidade dos dois, destaca Korner.

Poder e relacionamentos

Para atualizar o saber científico sobre essa questão de poder e relacionamentos, a equipe de Korner entrevistou 181 casais heterossexuais que viviam juntos. Os entrevistados tinham entre 18 e 71 anos e estavam em um relacionamento há, em média, oito anos.

A equipe investigou como o poder real e o poder percebido influencia diferentes aspectos de um relacionamento - como satisfação e comprometimento - e como eles afetam a qualidade desse relacionamento.

Os resultados mostram que os homens ainda têm mais poder posicional - com base na renda mais alta e em um maior nível de escolaridade. A necessidade de tomar decisões em geral também foi mais forte entre os homens, em média.

Curiosamente, no entanto, os dois fatores não parecem influenciar a qualidade do relacionamento que o casal vivencia. O mesmo se aplica ao equilíbrio de poder: Mesmo que homens e mulheres dentro do mesmo casal fossem muito semelhantes em relação aos traços medidos, não foi encontrada nenhuma conexão deles com a qualidade do relacionamento.

"Os resultados nos surpreenderam, já que pesquisas anteriores muitas vezes sugeriram uma ligação direta entre o equilíbrio de poder e os resultados baseados no relacionamento," disse Korner.

Esferas diferentes de decisão

Os casais mais felizes foram aqueles em que ambos os parceiros relataram um grande senso de poder pessoal.

"Parece que a sensação subjetiva de poder e a sensação de ser capaz de agir livremente têm um impacto significativo na qualidade do relacionamento," disse Korner.

Na maioria desses casais, ambos os sexos afirmaram que são capazes de afirmar suas preferências ao tomar decisões que são importantes para os dois. De acordo com os psicólogos, isso não é necessariamente uma contradição.

"Talvez esse sentimento se estenda a diferentes aspectos do relacionamento. Enquanto a mulher pode querer decidir onde ir nas férias, o marido escolhe onde ir jantar. Uma coisa a ter em mente é que nossa amostra incluía casais bastante felizes, o que favorece a negociação efetiva. Em outras parcerias, definitivamente há potencial para conflito a esse respeito," ressaltou a professora Astrid Schütz.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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