28/03/2014 Antibiótico pode ser ligado e desligado com luzRedação do Diário da Saúde
A reprodução da foto mostra como o antibiótico acionado pela luz pode ser aplicado de forma seletiva.[Imagem: Babii et al./Angewandte Chemie, 2014]
Um novo antibiótico, cuja atividade biológica pode ser controlada pela luz, promete ação mais eficaz e menos efeitos colaterais. A inovação foi possível graças a uma molécula especial, chamada diarileteno, que é uma espécie de "foto-chave" - ela muda de estrutura sob ação da luz. Ao ser alterada pela luz, a molécula assume uma estrutura similar a um peptídeo. A vantagem desse modo de operação é que o antibiótico pode ser aplicado de uma maneira espacial e temporalmente controlada. Isto pode abrir novas opções para o tratamento de infecções locais, com redução dos efeitos colaterais indesejados dos antibióticos comuns, que atingem o corpo todo. Mimético de peptídeo Moléculas que modificam sua estrutura e suas propriedades quando expostas à luz já são utilizadas em eletrônica molecular e muitas outras áreas. Os que os pesquisadores estão descobrindo agora é que podem inserir esses interruptores ópticos em biomoléculas, o que permite controlar a atividade das biomoléculas com a luz. O interesse está se concentrando nos chamados miméticos de peptídeos, compostos cujos elementos estruturais imitam uma proteína. Anne Ulrich e seus colegas do Instituto de Tecnologia Karlsruhe (Alemanha) sintetizaram um mimético de peptídeo fotoinduzido baseado na molécula diarileteno. O efeito induzido pela luz pode ser revertido por uma luz de outro comprimento de onda. Atividade biológica Os cientistas modificaram sua molécula para que ela se parecesse com um aminoácido, o que lhes permitiu inserir nela o antibiótico Gramicidina S. A atividade biológica do antibiótico pode ser controlada seletivamente, sendo ligada pela luz ultravioleta e desligada pela luz visível. "No futuro, esses antibióticos fotoativáveis poderão ser utilizados como agentes terapêuticos inteligentes contra infecções bacterianas locais," avalia a Dra. Ulrich. "Os efeitos colaterais habituais também poderão ser minimizados pelo chaveamento óptico." Em 2013, uma equipe de pesquisadores holandeses conseguiu um feito semelhante, produzindo um antibiótico que pode ser ligado e desligado no corpo. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |