09/09/2025

Aparelho do tamanho de uma moeda monitora epilepsia continuamente

Redação do Diário da Saúde
Aparelho do tamanho de uma moeda monitora epilepsia continuamente
O sistema de eletroencefalografia subcutânea (sqEEG) tem aproximadamente o tamanho de uma moeda e possui um pequeno fio de 10 cm conectado.[Imagem: Pedro F. Viana et al. - 10.1111/epi.18566]

Monitor de epilepsia

Um dispositivo eletrônico colocado sob o couro cabeludo passou pelos primeiros testes, mostrando-se um instrumento eficaz e viável para rastrear com precisão a epilepsia.

Os testes demonstraram que o aparelho permite que as convulsões sejam monitoradas no ambiente doméstico, mas garantindo aos médicos acesso a dados que podem ajudar no tratamento.

Hoje é difícil acompanhar as crises epilépticas porque isso depende da manutenção de um diário subjetivo por parte do paciente. É um formato pouco confiável, já que pessoas com epilepsia podem ter crises sem perceber, devido ao comprometimento da consciência e à perda de memória, ou podem interpretar erroneamente vários sintomas como crises quando, na verdade, não são.

A novidade é que este minúsculo aparelho faz um exame chamado eletroencefalografia subcutânea. Como não é maior do que uma moeda, ele pode ser implantado sob a pele, dispensando a radical abertura do crânio, exigida por outros aparatos e neurochips.

Sob anestesia local, o aparelho é colocado atrás da orelha, abaixo do couro cabeludo, e um fio funciona como uma espécie de antena para captar os disparos neurais anômalos da crise. O equipamento se comunica sem fio com um gravador externo, fixado com um adesivo atrás da orelha e um ímã ou clipe, a partir do qual médicos podem acessar os dados.

A maioria dos participantes achou o implante era aceitável e discreto, com metade gravando por mais de 20 horas por dia.

"Embora este seja um importante passo adiante, agora é vital que realizemos testes maiores para validar ainda mais esta tecnologia, com o objetivo de, esperamos, torná-la disponível a todos que precisam," disse o professor Pedro Viana, do King's College de Londres.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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