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18/11/2025 Descoberta nova assinatura elétrica da Doença de ParkinsonRedação do Diário da Saúde![]()
Cientistas descobriram uma nova assinatura elétrica da doença de Parkinson.[Imagem: MPI CBS/ VistaPrime]
Não era barulho Pesquisadores descobriram que sinais cerebrais anteriormente ignorados, descartas como "ruído" das medições, na verdade refletem sintomas da doença de Parkinson. A descoberta promete revolucionar a precisão de um tratamento já estabelecido, a estimulação cerebral profunda. Para tentar entender os mecanismos do Parkinson, os cientistas têm-se concentrado no estudo de ondas cerebrais ritmadas, conhecidas como oscilações beta. A metáfora usada pelos cientistas é a de uma sala de ensaio: As ondas beta são como uma orquestra tocando em ritmo, enquanto o "ruído" é o som de todos os músicos praticando individualmente. No entanto, os resultados de diferentes centros de pesquisa são inconsistentes, dificultando um consenso. Além disso, a falta de um grupo de controle saudável para comparação (já que os dados vêm de pacientes com eletrodos implantados) representa um grande desafio para isolar os efeitos da doença. Agora, em uma colaboração internacional sem precedentes, liderada por neurocientistas do Instituto Max Planck (Alemanha), os pesquisadores desenvolveram um método de análise uniforme, o que permitiu pela primeira vez separar a atividade cerebral ritmada da não-ritmada, incluindo na pesquisa o que até agora era considerado "ruído" - e, portanto, descartado. Para compensar a diversidade de pacientes e a falta de um grupo de controle saudável, os cientistas usaram a assimetria natural da doença (sintomas mais fortes em um lado do corpo) para que cada paciente servisse como seu próprio controle, comparando o hemisfério mais afetado com o menos afetado. ![]() A estimulação cerebral profunda alivia os sintomas da doença de Parkinson e permite compreender melhor a atividade do núcleo subtalâmico. Os sinais agora descobertos poderão viabilizar uma terapia personalizada. [Imagem: MPI CBS/ VistaPrime] Estimulação cerebral profunda Ao isolar a atividade não ritmada, o que se verificou é que ela está significativamente aumentada no hemisfério cerebral mais afetado pelos sintomas da doença de Parkinson, refletindo uma taxa de disparo neuronal excessiva. E a diferença foi dramática: Os sinais não ritmados mostraram-se mais capazes de explicar a gravidade dos sintomas de cada paciente do que as ondas beta tradicionalmente estudadas. A descoberta desta nova assinatura elétrica do Parkinson abre as portas para uma geração mais inteligente de tratamentos. Por exemplo, a estimulação cerebral profunda, que já tem dado ótimos resultados, poderá ficar ainda melhor ao se tornar "adaptativa", com os impulsos elétricos sendo administrados apenas quando as ondas não ritmadas forem detetadas, em vez de o serem de forma contínua. Isso deverá aumentar a eficácia do tratamento, reduzir os efeitos colaterais e poupar a bateria do dispositivo. Os primeiros estimuladores com esta capacidade já existem - hoje aplicada apenas às ondas beta -, permitindo que esta descoberta seja testada em estudos clínicos no mundo real. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |
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