17/03/2020

Atenção plena reduz dor e negatividade

Redação do Diário da Saúde
Atenção plena reduz dor e negatividade
Alguns cientistas já estão recomendando que a meditação da atenção plena seja ensinada nas escolas.[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]

Atenção contra a dor

A atenção plena é uma adaptação das técnicas orientais de meditação que vem dando resultados inesperados.

E parece que nem é preciso adotar alguma prática regular para obter esses resultados.

Apenas uma breve introdução à atenção plena ajuda as pessoas a lidar com dores físicas e emoções negativas.

O efeito da atenção plena foi tão pronunciado que, mesmo quando os participantes foram submetidos a altas temperaturas no antebraço, o cérebro respondeu como se estivesse experimentando uma temperatura quase normal.

"É como se o cérebro estivesse respondendo a uma temperatura mais quente, não a um calor muito alto," disse a professora Hedy Kober, da Universidade de Yale (EUA).

Atenção plena

A atenção plena - manter-se focado no presente, aceitando a situação sem julgamento - demonstrou ter benefícios no tratamento de muitas condições, incluindo ansiedade e depressão.

Mas Kober e seus colegas queriam saber se pessoas sem treinamento formal em meditação poderiam se beneficiar de uma breve introdução de 20 minutos aos conceitos da atenção plena.

Os voluntários foram testados em dois contextos enquanto realizavam exames de imagem cerebral - um para avaliar a resposta à dor física induzida pela aplicação de calor elevado no antebraço e outro para medir a resposta quando imagens negativas lhes eram mostradas.

Só atenção, sem força de vontade

Em ambos os contextos, houve diferenças significativas nas vias de sinalização do cérebro quando os participantes foram solicitados a empregar técnicas de atenção plena - em comparação com voluntários não expostos à técnica.

Especificamente, os participantes relataram menos dor e menos emoções negativas ao empregar a atenção plena e, ao mesmo tempo, seus cérebros mostraram reduções significativas na atividade associada à dor e às emoções negativas.

Essas mudanças neurológicas não ocorreram no córtex pré-frontal, que regula a tomada de decisão consciente ou racional, e, portanto, não foram o resultado da força de vontade consciente, observam os pesquisadores.

"A capacidade de permanecer no momento em que ocorre dor ou emoções negativas sugere que pode haver benefícios clínicos para a prática da atenção plena em condições crônicas também - mesmo sem uma longa prática de meditação," disse Kober.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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