23/06/2015

Atenção em rostos com raiva pode indicar risco de depressão

Redação do Diário da Saúde

Lado ruim

A depressão é uma condição muito difícil de curar totalmente: até 80 por cento dos indivíduos com um passado histórico de depressão ficarão deprimidos novamente no futuro.

No entanto, pouco se sabe sobre os fatores específicos que colocam essas pessoas em risco de recaída.

Uma pista importante foi descoberta agora por Mary Woody e Brandon Gibb, da Universidade de Binghamton (EUA).

Eles mostraram que o risco de recaída na depressão pode ser aumentado pelo foco no "lado ruim" das outras pessoas.

Foco na raiva

A dupla recrutou 160 mulheres - 60 com um histórico passado de depressão, e 100 sem história de depressão.

A cada voluntária foi mostrada uma sequência de dois rostos, um com uma expressão neutra e outro com uma expressão emocional, que podia ser irritada, triste ou feliz.

Usando um sistema automático de rastreamento dos olhos, ficou claro que as mulheres com um histórico de depressão prestam mais atenção nos rostos irritados.

Mais importante ainda, entre as mulheres com um histórico de depressão, aquelas que tenderam a olhar mais tempo para os rostos raivosos estavam em maior risco de desenvolver depressão novamente ao longo dos próximos dois anos, período no qual elas foram acompanhadas.

Treinar a atenção

"Se você anda por aí, dia após dia, sua atenção será atraída para certas coisas e você tenderá a olhar para algumas coisas mais do que para outras. O que nós mostramos é que, se a sua atenção é atraída para pessoas que parecem estar com raiva de você ou lhe criticando, então você está em [maior] risco para a depressão ", disse o professor Brandon Gibb.

Para tentar lidar com esses tipos de vieses de atenção, os pesquisadores estão trabalhando com programas de computador e jogos eletrônicos para treinar a atenção das pessoas e dar-lhes um foco mais positivo.

Esta abordagem já se mostrou promissora no tratamento da ansiedade, e agora está sendo testada como um tratamento para a depressão.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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