21/04/2011 Biochip acelera desenvolvimento de medicamentosRedação do Diário da Saúde
Esta versão do biochip tem 64 nanossensores, que aparecem como pequenos pontos pretos na matriz 8 x 8 no centro da parte iluminada.[Imagem: Sebastian Osterfeld]
Processador de medicamento Pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, criaram um biochip capaz de acelerar significativamente o processo de desenvolvimento de medicamentos. O biochip, dotado de nanossensores muito sensíveis, analisa a forma como as proteínas se ligam umas às outras, um passo crítico para avaliar a eficácia e os possíveis efeitos colaterais de um medicamento em potencial. Uma única matriz de um centímetro quadrado desses nanossensores monitora, simultânea e continuamente, milhares de vezes mais eventos de ligação de proteínas do que qualquer sensor existente. Ligação de proteínas O novo sensor também é capaz de detectar as interações com maior sensibilidade e fornecer os resultados significativamente mais rápido do que as técnicas atuais. "Você pode encaixar milhares, dezenas de milhares de diferentes proteínas de interesse no mesmo chip e executar os experimentos de ligação de proteínas de uma só vez," disse Shan Wang, que liderou a pesquisa. Em tese, segundo o pesquisador, em um único teste no biochip, é possível medir a afinidade de uma droga com cada proteína no corpo humano. Esta ilustração mostra os nanossensores (quadrados laranja) com diferentes proteínas (várias cores) ligadas a cada sensor. Quatro proteínas de uma medicação em potencial (Y azuis) são dotadas de nanomarcadores magnéticos (esferas cinza). [Imagem: Richard Gaster, Stanford University] Processamento paralelo O poder do biochip se fundamenta em dois avanços obtidos pela equipe. Primeiro, o uso de nanopartículas magnéticas ligadas à proteína que está sendo estudada aumenta a sensibilidade do monitoramento. Em segundo lugar, um modelo de análise que os pesquisadores desenvolveram lhes permite prever com precisão o resultado final de uma interação com base em apenas alguns minutos de coleta de dados - as técnicas atuais normalmente monitoram não mais do que quatro interações simultâneas, e o processo pode levar horas. Chip cobaia "Digamos que estamos pesquisando um medicamento contra o câncer de mama," explica Richard Gaster, coautor da pesquisa. "O objetivo da droga é ligar-se a proteínas-alvo nas células do câncer de mama tão fortemente quanto possível. Mas nós também queremos saber o quão fortemente essa droga poderia se ligar de forma indesejável a outras proteínas no corpo." Para descobrir isso e testar o novo biochip, os pesquisadores inseriram nele proteínas do câncer de mama juntamente com as proteínas do fígado, pulmões, rins e outros tipos de tecido. Em seguida, eles acrescentaram a medicação com seus marcadores magnéticos e acompanharam com quais proteínas e com que força o fármaco se uniu. "Assim, podemos começar a prever os efeitos adversos dessa droga, sem nunca colocá-la em um paciente humano," diz Gaster. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |