25/10/2010

É o calor, e não a luz do laser, que reduz as rugas

Redação do Diário da Saúde
É o calor, e não a luz do laser, que reduz as rugas
Ainda há pouca compreensão sobre o efeito do calor introduzido na pele por um laser. [Imagem: SvonHalenbach/Wikimedia]

Laser contra rugas

O tratamento de pele com laser é bastante comum nas práticas de esteticistas e dermatologistas. Embora a técnica venha sendo amplamente utilizada há anos, seu impacto e os processos subjacentes ainda não foram desvendados.

O efeito da luz sobre a pele já foi estudado antes, mas, de acordo com a pesquisadora Susanne Dams, da Universidade de Tecnologia de Eindhoven, na Holanda, ainda há pouca compreensão sobre o efeito do calor introduzido por um laser.

Dams decidiu então fazer uma pesquisa em busca de uma compreensão realmente científica deste processo.

Colágeno

A pesquisadora primeiro testou o efeito do calor sobre culturas de células, dando-lhes choques térmicos de 45° e 60° C, sem usar laser. Isto excluiu os possíveis efeitos gerados pela luz do laser.

Posteriormente, ela fez testes semelhantes em pedaços de pele humana excisada e, numa fase posterior, ela aqueceu os pedaços de pele com um laser.

Ela mostrou que os choques térmicos aumentam a produção de colágeno, que é considerado um dos fatores importantes no rejuvenescimento da pele.

A produção desta proteína pelo corpo humano diminui após os 25 anos de idade, ocasionando o surgimento de rugas e fazendo a pele retrair-se.

O maior efeito resultou de um choque térmico de 45° C, com duração de oito a dez segundos.

Também ficou demonstrado que temperaturas mais elevadas causam danos às células da pele. A pesquisadora mostrou que o aquecimento das células em cultura por dois segundos a 60 ° C resulta na morte das células.

Calor do laser

A outra questão abordada foi a duração do efeito de rejuvenescimento da pele induzido pelo tratamento a laser.

Dams descobriu que, após um choque térmico, a expressão gênica (o precursor para a formação do colágeno) retorna ao seu nível normal após 48 horas.

No entanto, o colágeno extra produzido como resultado da expressão gênica otimizada contribui para o rejuvenescimento da pele por um período maior.

Embora este estudo sugira que é o calor, e não a luz do laser, que rejuvenesce a pele, o laser provavelmente continuará a ser o instrumento preferido dos profissionais, na opinião de Dams: "O laser permite uma grande precisão, porque ele pode aquecer partes específicas da pele com precisão, deixando o resto intacto. Isso permite que o efeito ideal seja alcançado."

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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