31/12/2018

Catéter robótico irá onde nenhum catéter jamais foi antes

Redação do Diário da Saúde
Catéter robótico irá onde nenhum catéter jamais foi antes
Os primeiros beneficiados com o novo catéter deverão ser os pacientes com arritmia cardíaca. [Imagem: ETH Zurich]

Catéter com direção

Os catéteres foram uma inovação marcante para a medicina ao permitir que os cirurgiões realizem procedimentos muito menos invasivos.

Esses ganhos agora prometem ser ainda maiores com a miniaturização: Um novo catéter magnético minúsculo permite realizar movimentos complexos dentro do corpo, com menor risco de lesão ao paciente.

Os primeiros beneficiados deverão ser os pacientes com arritmia cardíaca, que passam por procedimentos minimamente invasivos para remoção de partes do coração que causam impulsos elétricos indesejados - o médico insere um catéter através de uma veia, gerando calor localmente para remover as seções relevantes.

Para navegar a ponta do catéter através dos vasos sanguíneos com um alto nível de precisão, hoje o cirurgião guia a ponta manualmente usando um fio de tração. Mas, como na direção de um carro, esse mecanismo pode ser movido em apenas dois sentidos: para a esquerda e para a direita.

Direção magnética

Agora, em vez de ser dirigido manualmente, o novo catéter magnético é operado a partir de um computador empregando um campo magnético externo. Isso permite que a parte frontal do catéter seja virada em qualquer direção com o mais alto nível de precisão.

"Como resultado, o novo catéter pode ser direcionado através de vasos sanguíneos mais complexos do que um catéter convencional," afirmam Christophe Chautems e Brad Nelson, do instituto ETH de Zurique (Suíça), criadores do novo equipamento.

Como não depende de um fio de tração e seu sistema-guia, o aparelho magnético pode ser muito mais fino, resultando no menor catéter direcionável já fabricado.

O aparelho também permite ajustar a rigidez da parte frontal, graças a uma liga metálica de baixo ponto de fusão colocada em três de suas seções. Com a energia fornecida através de finos fios de cobre dentro do catéter, as seções podem ser aquecidas e se tornar mais flexíveis.

A equipe agora está procurando parceiros da indústria para fabricar um produto final e colocá-lo no mercado. Eles também estão trabalhando em aplicações do catéter em cirurgias ocular e gastrointestinal.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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