12/09/2011

Chip-laboratório automatiza exame em recém-nascidos

Redação do Diário da Saúde
Chip-laboratório automatiza exame em recém-nascidos
A ferramenta, conhecida tecnicamente como microfluídica, não se restringe ao rastreamento de recém-nascidos, podendo ser aplicada potencialmente para qualquer exame de sangue.[Imagem: University of Toronto]

Lab-on-a-chip

O método tradicional de realização de exames de sangue pode estar com os dias contados, graças à criação de um novo "laboratório em um chip".

Hoje, o paciente vai ao laboratório, onde uma amostra do seu sangue é coletada. A amostra é então levada para análise, e os resultados saem alguns dias depois.

O novo chip-laboratório, por sua vez, faz automaticamente a análise da amostra de sangue na hora.

Com a vantagem de precisar de apenas uma gota, e não do "meio litro" de sangue retirado pelos laboratórios.

Exames de recém-nascidos

Os cientistas da Universidade de Toronto, no Canadá, desenvolveram seu chip para que ele analise amostras secas de sangue.

As gotas são manipuladas e secas no interior do chip usando sinais elétricos - a própria gota de sangue é coletada diretamente pelo chip, evitando contaminações e manipulações adicionais.

O dispositivo foi testado no diagnóstico de doenças em recém-nascidos, para as quais são realizados exames obrigatórios: fenilcetonúria, homocistinúria e tirossinemia.

No Canadá, contudo, cada recém-nascido deve ser avaliado para 28 doenças e condições metabólicas e genéticas. O próximo passo da pesquisa é configurar o chip para fazer os exames para as 25 restantes.

Microfluídica

Mas a ferramenta, conhecida tecnicamente como microfluídica, não se restringe ao rastreamento de recém-nascidos, podendo ser aplicada potencialmente para qualquer exame de sangue.

No interior do chip, a amostra é conduzida por minúsculos canais, onde entra em contato com reagentes que indicam a presença de determinado metabólito.

Assim, para analisar outras condições, tudo o que será necessário fazer será desenvolver reagentes adequados para cada doença, que sejam compatíveis com a geração de um sinal digital no chip para informar o resultado.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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